quarta-feira, 16 de abril de 2008

Exército Comum Europeu?

Funes quer um exército europeu.

"O que sempre defendi e continuo a defender é que não há nem haverá nunca Europa nenhuma, enquanto a UE não dispuser de uma política de defesa e de segurança comum e de um exército comum."

Para mim, há outras prioridades, que tornariam a Europa um bloco mais hegemônico, próxima realmente de uma união verdadeira. Prioridades econômicas, claro. Quando vejo um Berlusconi eleito dizendo que a Alitalia tem que continuar nas mãos dos italianos, perco toda a fé na União Européia.

Quem está querendo comprar aquela massa falida? Não é uma empresa coreana, não senhor. Nem chinesa, nem ianque, nem japonesa, nem russa. É a Air France-KLM. Genuinamente EUROPÉIA. Por que o nacionalismo barato do Sr Berlusconi?

Vale lembrar que não são apenas os italianos, tão malhados ultimamente nesse blog (me dispiaci, ragazzi). Os queridos franceses, considerados por essa autora apenas meio-latinos, gritaram de fúria ao saber da fraude no SocGen, e rapidamente disseram: só aceitamos um banco francês fazendo ofertas.

Isso lá é União que se preza?

3 comentários:

António Conceição disse...

Minha Cara Patrícia,

Eu não quero nenhum exército europeu.
Como bem cita, eu escrevi: O que sempre defendi e continuo a defender é que não há nem haverá nunca Europa nenhuma, enquanto a UE não dispuser de uma política de defesa e de segurança comum e de um exército comum.
Ora o que me parece é que a História da Europa e os medos que as nações da Europa têm uma das outras impedem a criação de uma verdadeira União Europeia e, consequentemente, de um exército comum. A hipótese que eu coloquei no meu post (e é só uma hipótese) é que a incapcidade crescente dos USA protegerem a Europa e o medo maior que as nações europeias possam ter de inimigos externos (árabes, russos, chineses) pudesse criar as condições para que os europeus se unissem. Alguém sugeriu - e eu concordei - que não basta um medo externo. É preciso mesmo uma agressão externa à Europa a que a América se revele alheia, para unir os europeus.
Quanto ao Berlusconi, estou completamente de acordo. É uma besta. A "Alitalia" em mãos italianas é uma estupidez. Devemos deixar o mercado funcionar e que fique com a Alitália quem tenha as melhores condições para com ela ficar, seja italiano, francês, japonês ou turco. Tal como deve suceder com a "Air France" ou com a "British Airways". A única excepção que me parece óbvia é a da "TAP", a transportadora aérea portuguesa que, por razões óbvias de soberania nacional, deve permancer em mãos portuguesas.

patricia m. disse...

Eu sei, Funes. Entretanto, antes mesmo de ter um exercito, deveriam ter um free market entre as fronteiras. Nem isso tem.

O europeu nao apenas desconfia das intencoes territoriais dos vizinhos, comoem um nivel muito mais basico desconfia das intencoes economicas dos vizinhos.

Eh de lascar!

PS: o que eh TAP? ;-)

António Conceição disse...

É a companhia de aviação portuguesa. É a melhor do mundo, os seus aviões são os melhores e os mais seguros do mundo e nunca caem e o seu serviço a bordo é o melhor do mundo e as hospedeiras são as mais bonitas do mundo e os portugueses foram os primeiros a chegar ao Brasil de avião e, por isso, a TAP não deve sair das mãos dos portugueses.