sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Never Mind the Bollocks, Here's the Sex Pistols

Eu gostaria de ir ao show, alguem esta a fim?

Da Reuters - "Os integrantes do Sex Pistols resolveram acrescentar mais duas apresentações à sua turnê de reencontro, depois de os ingressos para as três primeiras, na Brixton Academy, em Londres, terem se esgotado em minutos.

Para comemorar o 30o aniversário de seu álbum "Never Mind the Bollocks, Here's the Sex Pistols", a banda tinha planejado originalmente um único show em Londres, em 8 de novembro, mas acabou ampliando o plano para abranger três noites.

Na quarta-feira, o grupo, que se separou em 1978 pouco antes da morte de Sid Vicious, anunciou que fará um quarto show na Brixton Academy em 12 de novembro e um quinto na M.E.N. Arena, em Manchester, em 17 de novembro.

Os ingressos para os dois shows adicionais começam a ser vendidos às 5h (horário de Brasília) da sexta-feira, 28 de setembro, pelo preço de 37,50 libras cada."

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Trash

Ou como eles dizem aqui na Inglaterra, o topico de hoje eh "rubbish", ou lixo. Por incrivel que pareca, nao ha lixeiras publicas em Londres! Voce anda por kilometros nas ruas de Londres e nao acha uma unica lixeira para jogar fora aquele papelzinho que esta embolado na sua mao ha pelo menos 30 minutos.

Depois do exame regulatorio de ontem - alias, ja fiz dois, e passei em ambos, ufa - resolvi passar no Victoria Shopping Center para almocar. Ao chegar `a estacao de metro, havia um pessoal distribuindo gratuitamente um chocolate chamado Galaxy - muito bom por sinal, depois comento mais sobre chocolates, meu alimento favorito. Peguei o chocalate, abri a embalagem e olhei em volta procurando a lixeira. Afinal, estava dentro de uma grande estacao, nao apenas de metro, como de trens tambem. Nada de lixeira. Comi o chocolate, e embolei o papel na minha mao, e fui andando dentro da estacao em direcao `as escadas rolantes que conduzem ao shopping. Nada de lixeira. Poxa, que coisa irritante. Pensei em simplesmente jogar o papel no chao, afinal de contas se nao colocam lixeiras para jogarmos o lixo fora, deve ser aceitavel joga-lo no chao. Infelizmente, nao conseguia jogar o papel no chao, assim, sem mais nem menos. Digamos que um certo grau de civilizacao me impedia de realizar esse ato grosseiro. E nem era devido ao fato de que outras pessoas poderiam me olhar com ar de reprovacao; se jogasse o papel no chao e alguem viesse reclamar, poderia simplesmente dizer que ja que nao havia lixeiras disponiveis, como poderia me livrar do papel a nao ser jogando-o no chao? Pensei nessa alternativa, mas como disse, algo mais forte me impedia de atirar no chao a maldita embalagem de chocolate.

Ao cruzar o enorme saguao da estacao, vi dois homenzinhos empurrando aquele tipico carrinho de lixo, com vassouras e todos os apetrechos pendurados `a volta. Logo pensei: ok, nao tem lixeiras aqui em Londres porque afinal de contas precisam empregar todo esse pessoal, correto? A dinamica eh a seguinte: voce se livra do lixo de alguma forma, e os homenzinhos vao la recolher. Imagino que empregam mais pessoas que tem que recolher o lixo do chao - porque esta todo espalhado, veja bem - do que se tivessem que recolher o lixo de uma lixeira - ja todo organizadinho para ser levado embora. Enfim, o homenzinho do lixo estava longe demais para eu sair correndo atras dele e jogar fora a embalagem de chocolate dentro de seu carrinho.

Quase ao chegar `as escadas rolantes, e ainda pensando em como me livrar do papel de uma forma inteligente, passei por um local onde havia alguns banquinhos e uma ATM. Havia uma menina sacando dinheiro da ATM, e tchan tchan tchan tchan, o que vi? Lixo em cima da ATM! Claro, logico! Voce nao deve jogar o lixo no chao, mas sim coloca-lo em algum lugar, seja ele qual for. Havia um copo de refrigerante, uns papeis embolados, e la foi minha embalagem de chocolate parar em cima da ATM tambem. Em Roma, como os romanos, ja dizia o velho ditado. Ou, nesse caso, em Londres, como os londrinos.

Almocei no shopping, e resolvi pegar o metro de volta para casa (leia-se o corporate apartment que tenho direito por quatro semanas), pois estava fazendo um pouco de frio. Fiz questao de fazer o mesmo caminho de volta, de forma a verificar o que havia acontecido com a minha embalagem de chocolate (e de forma a pegar mais um chocolate no stand, obvio). Passei pela ATM e o lixo que tinha visto la ja havia sido retirado. Havia apenas um jornal embolado, ou seja, "novo" lixo...

P.S.: Ainda tenho mais um exame regulatorio, o ultimo, na segunda-feira. Internet mesmo so a partir do primeiro final de semana de outubro, quando sairei do corporate apartment.

Obs.: Acho que fiquei muito mal acostumada com os 4% de desemprego nos Estados Unidos e a eficiencia americana em geral. Tudo eh mais devagar e mais ineficiente no resto do mundo. Por exemplo, no Brasil ha varredores de rua, certo? Nos EUA nao ha varredores de rua, ha um caminhao dirigido por uma unica pessoa que "varre" a rua automaticamente. Mas precisam dar emprego a varredores de rua no Brasil, logico. O que esse pessoal faria da vida a nao ser varrer ruas?

sábado, 22 de setembro de 2007

Gentilezas

Acho que estou com sorte nesse quesito. Tenho encontrado pela frente pessoas bastante simpáticas e agradáveis. Lá vai mais um caso de como o mundo ainda tem salvação - pelo menos sob a minha ótica:

Saio do elevador do prédio onde estamos tendo o treinamento para os exames regulatórios com um pouco de pressa. Ouço um barulho metálico, algo caindo no chão do hall, bem perto de mim. Não era moeda nem coisa do gênero, já que não estava com a bolsa aberta, mas poderia ser algo importante. Ao olhar para o chão para verificar o que havia caído, já vejo o porteiro se aproximando, e ambos vemos no chão um dos botões do meu terno. Procuro e vejo que foi o botão da manga direita que havia acabado de cair. Pego-o no chão e olho meio desolada para ele.

O porteiro me pergunta então se quero agulha e linha preta, a única que ele tem. Eu aceito e enquanto ele começa a colocar a linha na agulha, eu penso o que fazer, já que não sei costurar. Sei lá, talvez de algum modo fixar o botão na manga do terno apenas para a entrevista da tarde, afinal de contas ninguém vai reparar, é só o botão da manga!

O porteiro mais uma vez, talvez adivinhando meus pensamentos, resolve ser gentil: "Quer que eu costure o botão para você?" Quase tasquei-lhe um beijo, tamanha a felicidade! "Quero, por favor, não sei costurar", e dou uma risadinha meio sem graça. Em menos de 5 minutos o botão está costurado.

Passo por ele a semana toda e ele me acena, todo sorridente. Digo sempre um "bom dia, como vai?" e também um "boa tarde" ou "tchau" sorridente, ou ainda "tenha um ótimo final de semana". Não deveria ser sempre assim?

Obs. 1: o porteiro é de nacionalidade indiana.
Obs. 2: nem ele sabe meu nome, nem eu o seu. Apenas nos cumprimentamos.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Street Market

Do guia Time Out - London for Londoners:

"Islington - Over the past 30 years, Islington has come to symbolize upwardly mobile London, as evidenced by its wealth of modish shops and bars, and its renovated Georgian and Victorian property. Yet the area also holds spirited reminders of its working class roots, including a top Premiership football team and a corking street market."

Estive em Islington toda a semana passada, onde se realizaram as apresentações dos senior managers para os associates. Mais precisamente, estava bem perto da estação de metrô chamada Angel. Perto de onde fica o tal street market. Street market nada mais é do que o nome charmoso em inglês para a nossa feira de rua. Só que em Islington não é bem uma feira de rua: é camelódromo mesmo. Vendem todos os tipos de bugingangas chinesas e provavelmente algum contrabando.

Não havia reparado na feira de início, porque fica meio escondida em umas ruas laterais - talvez para não mostrar a feiúra do lugar? Descobri quando fui ativar meu celular. Passei na maior cadeia de celulares aqui de Londres, a Carphone Warehouse. Eles representam todas as operadoras de celular daqui, então fica mais fácil passar em uma loja deles do que ir a cada loja separadamente.

O gerente da loja era indiano, muito simpático. Perguntei se podia aproveitar meu celular dos Estados Unidos, um motorola quadriband. Disse ainda que não havia tido tempo de desbloquear completamente o celular via operadora (T-Mobile) nos EUA. Testamos os SIM cards de todas as operadoras, e funcionou com o da T-Mobile daqui e com o da Virgin. Eu só precisaria comprar o cartão SIM pré-pago, que era o que me interessava. Então ele chega perto e diz baixinho: "não compra aqui não, o preço é muito caro (20 libras). Vai ao Street Market, primeira banca a direita e compra lá". E me indicou como achar o Street Market.

Fui ao Street Market e comprei o SIM card da T-Mobile por apenas 3 libras, em uma banquinha de camelô. País desenvolvido? Sei não... Pode vir a ser mais uma das minhas hipóteses para verificar o desenvolvimento urbano. Saí no lucro, entretanto.

Desk

Depois de 4 dias de intenso networking, consegui hoje como primeira rotacao uma desk que muito me interessava. Nao vou colocar o nome ainda, pois somente submeteremos nossas escolhas amanha, tanto candidatos quanto mesas. E so ficaremos sabendo a resposta oficial na quarta-feira. Mas voces sabem como a vida real funciona...

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

El Dolce Far Niente

P: Então, você faz o quê mesmo?
J: Sou advogada em um escritório, acabei de me formar e entrei pelo programa de trainee.
P: Legal, eu estou trabalhando no mercado financeiro. Tambem entrei via programa de trainee, só que de MBA.
J: Estou fazendo uma rotação agora que termina no final de abril...
P (animada): Vocês advogados trabalham bastante né? Em New York advogado trabalha tanto quanto investment banker, longas horas. É uma carreira e tanto nas grandes firmas!
J: Na verdade tive uma oferta de um escritório americano aqui em Londres e recusei. Eles ganham mais, mas têm que trabalhar mais. Estou trabalhando em uma empresa inglesa. A gente trabalha das 9 às 6. No escritório americano trabalham das 8 às 7...
P (desanimada): (mal sabe ela que em New York os advogados trainees das grandes firmas trabalham de 15 a 18 horas por dia. 23 aninhos e já quer essa moleza toda da vida?).
P: É, americano trabalha muito mesmo...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Desenvolvimento Urbano

Eu tenho cá umas hipóteses que gostaria de partilhar com vocês. Estava pensando nisso ao andar por Londres esses dias. O assunto é o desenvolvimento de uma cidade.

Hipótese 1:
Penso que o número de horas trabalhadas pelos habitantes da cidade é diretamente proporcional ao desenvolvimento da cidade. Essa hipótese é relativamente fácil de ser provada. Alguém já viu alguma região praiana (com praia de verdade, não basta estar na costa para ser chamada de praiana) ser mais desenvolvida? O pessoal prefere curtir a vida, logicamente. O sujeito abre uma pousadinha, um negocinho, trabalha metade do ano - de preferência na alta temporada - e passa o restante do ano vivendo dos frutos. No ano seguinte é a mesma coisa. Riqueza gerada? Nenhuma. Acontece exatamente assim em Florianópolis. Sempre a comparei com Joinville, uma cidade industrial muito mais desenvolvida e rica. Os floripenses morrem de ciúmes dos joinvillenses, mas fazer o quê? Os caras lá trabalham, oras.

Aposto que os cariocas já pensaram que iria compará-los aos paulistanos. Lógico que o mesmo racional acima vale também para esse caso. Mas vamos a um outro exemplo, não necessariamente praiano: Brasília. Devido ao funcionalismo público exacerbado, Brasília é uma cidade atrasada. Podem até me dizer "oras, mas tem uma das rendas per capita mais altas do Brasil". Isso não mede desenvolvimento. Tirem o governo de Brasília e aquela cidade acaba. Não gera riqueza nenhuma; aliás, a meu ver, destrói.

Para sair do Brasil, comparo agora Londres com New York. Nao preciso nem dizer que New York bate Londres de goleada. Fui a um edifício no domingo onde havia uma placa dizendo que alugavam apartamentos. O escritório da firma, dentro do edifício, estava fechado. Pergunto ao porteiro se ele pode me informar o telefone da firma. "Não tenho", foi a resposta. "Incompetência a de vocês todos", pensei apenas. Se ele fosse esperto e mais antenado no mundo poderia começar a recomendar clientes para a firma e quem sabe subir na sua vidinha de porteiro. "Quando é que eles trabalham então?", perguntei. "De segunda a sexta das 9 a 5", foi a resposta - uma total surpresa, oh meu Deus, esse pessoal não trabalha? Não aguentei e tive de dar essa resposta, com um risinho meio irônico: "So do I", o que nem era verdade, pois minhas horas são muito mais longas.

Hipótese 2:
Penso que o número de motoboys em uma cidade grande é inversamente proporcional ao seu desenvolvimento. Para os amigos portugueses, um motoboy é um sujeito que anda de moto barata, infringindo todas as regras de trânsito possíveis e imaginárias, quase atropelando pessoas na rua, de forma a levar documentos de uma empresa para outra. É (mal) pago por documento entregue, aí está a chave da questão. O motoboy é uma invenção tipicamente brasileira, mas já está se espalhando pelo mundo. New York não tem motoboys. Londres tem alguns (adivinhem a nacionalidade dos dito cujos...). São Paulo é infestada. Não preciso colocar em ordem o nível de desenvolvimento dessas cidades. Eu aposto que Tokyo não tem motoboys, mas ainda não pude ir lá confirmar esse fato.

Se quiserem me dar inputs sobre as hipóteses acima citadas, agradeço enormemente. Quem sabe um dia vira tese de doutorado em desenvolvimento urbano. Se quiserem doar dinheiro para a pesquisa, show! Assim poderei ir a Tokyo confirmar o número de motoboys na cidade...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Regulatory Exams

Essa semana tenho aulas de preparacao para os regulatory exams da FSA, entao quase nao postarei. O material eh grande e eh necessaria certa dedicacao, pois esses exames em geral nao medem conhecimento, mas o tanto que voce decorou as regrinhas babacas do mercado - ex: quando eh o settlement date de um rights issue? T+1? T+2? T+3? Ja viram o quanto isso eh uma "pain in the ass"...

Depois de uma semaninha, finalmente Londres esta me mostrando sua verdadeira cara, haha. Ceu cinzento e nublado, eca.

sábado, 15 de setembro de 2007

Coisas Engracadas...

... ou esquisitas, sei la bem como definir isso. Em termos de variedade Londres eh bem melhor do que New York. Voce encontra cada tipo aqui! Bem no meu primeiro dia, na fila para comprar a passagem de onibus, analiso o sujeito a minha frente. Parecia que literalmente ele havia saido do filme Laranja Mecanica. Hoje andando de metro vejo um sujeito que parece que saiu da capa de um album dos Beatles. Sera que eh nostalgia do final dos anos 60/inicio dos anos 70?

Basicamente uma grande parte dos rapazes ingleses possui aquele cabelinho meio comprido que cobre as orelhas, e, como sao magrelas e altos em geral, ficam a cara dos componentes de bandas inglesas dos anos 70. Todas essas ai que ja citei no meu blog, hehe.

Falando em alto e magrela, nao sei se todos os europeus sao assim, mas os danados dos ingleses mais novos - que fique claro, mais novos - nao tem um pingo de banha. Nesse ponto diferem e bem dos americanos, haha. Mas pude verificar porque isso acontece: as porcoes aqui sao minusculas, bem diferente das porcoes americanas. Comi em um Burger King hoje, e a promocao numero 1 aqui (Whopper) vem com uma misera Coca-Cola pequena (coisa que nem existe nos EUA, o menor tamanho la eh o medio, com free refill logico) e uma batata frita pequena. Durante essa semana, em que os senior managers do banco fizeram apresentacoes para a gente, tambem pude ver bem o tamanho do almoco e dos coffee breaks que tivemos. Tenho que esquecer a fartura americana, aqui eh tudo contadinho e tudo bem limitado. Nesse ponto, no Brasil, como bons americanos que somos (sul americanos), agimos como os irmaos do norte: fartura eh tudo. Em terras em que "em se plantando, tudo dah", nao pode haver miserê. Ja os europeus parece que se lembram de toda epoca de grande fome que passaram e regulam muito a comida.

Bom, pelo menos nesse ponto, vou manter a forma. Se continuasse nos EUA, ia virar uma pipa hahahahahaha.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Aventuras de Patricia em Londinium

Sai de New York sabado a noite, e cheguei a Londres domingo de manha. Sao 7 horas de voo, e mais 5 horas de diferenca de fuso, ou seja, praticamente 12 horas depois estava desembarcando pela primeira vez em Londres.

Voei de American Airlines, saindo de JFK e chegando em Heathrow. Como curiosidade: a AA internacional esta localizada em um dos mais modernos terminais do JFK. Estao fazendo check-in automatico, em pequenos computadores espalhados. Apos terminar de digitar as informacoes, e porque tenho o passaporte antigo do Brasil, tive que chamar uma funcionaria para conferir e liberar os dados. Se tivesse o passaporte moderno, nem precisaria disso.

O voo da American Airlines foi impecavel: comecaram a embarcar 5 minutos antes do horario que constava no cartao de embarque. Ja pensei: pontualidade britanica. Demorou um pouco para o aviao decolar da pista (sempre lotada), mas de qualquer forma nao atrasamos nem um minuto.

Dei sorte: tive 2 cadeiras para mim, entao pude dormir um pouco. Isso me fez lembrar as epocas em que pegava bumba pelo Brasil, haha, dormindo em 2 cadeiras durante a noite. Logico que o aviao nao balanca tanto quanto o onibus, duh.

Adorei a aeromoca inglesa que estava me atendendo. Logo no inicio, eles distribuiram o protocolo de imigracao e ela me perguntou: "American or British?" Eu sabia que tinha que pegar o mesmo protocolo dos americanos, mas so para encher disse: "nem um nem outro, sou Brazilian". "Brazilian!" Um pouco depois ela veio servir cafe, e eu disse que queria apenas cafe com leite sem acucar. "Sem acucar??? Mas voces brasileiros adoram acucar!".

Chegando em Heathrow, quis pegar o metro comum, e nao o Heathrow Express. Estava com uma mala grande, uma duffel bag media, uma mochila, duas bolsas e um casaco na mao. Todos pesados. Voces perguntam: 2 bolsas? Logico. Nao havia espaco para trazer a outra bolsa, entao trouxe na mao mesmo. Ja havia feito isso quando me mudei de Sampa para New York, e eh sempre uma boa ideia. Tudo bem que tem gente que pensa que voce eh meio esquisita, mas quem liga para o que os outros pensam? Voltando ao assunto, estava meio carregada de malas, mas mesmo assim decidi pelo metro. Enquanto andava meio desbaratinada na sala de desembarque procurando pela placa indicativa do metro, veio uma senhora conversar comigo. Ela estava vestindo um colete com os seguintes dizeres: "estudante? posso te ajudar!". Em setembro quando as aulas comecam milhares e milhares de estudantes de todo o mundo chegam a Londres para fazer faculdade, entao imagino porque esse pessoal faz esse tipo de servico. Ela me disse que pela quantidade de malas seria melhor pegar um taxi, mas eu disse que nem pensar. Entao ela me deu um mapinha do metro de Londres e me indicou a placa.

Chegando ao ponto onde deveria comprar a passagem, havia um guiche de informacoes. Resolvi (e foi a minha sorte) confirmar algumas coisas. Bom, descobri que a minha estacao final de metro estaria desativada no final de semana. O senhor me disse que poderia ainda pegar o metro, e andar, ou pegar um onibus, e andar. Disse que era tudo o mesmo preco. Perguntei o que era mais pratico. Ele disse que era o onibus*. E foi mesmo, ainda bem que tomei o onibus e me aboletei numa poltrona ao lado de uma velhinha, com as malas comodamente guardadas no bagageiro do onibus. E ainda fui vendo a paisagem, hehe.

Desci no ponto final, Victoria Coach Station, e arrastei as malas por uns bons 1000 metros ate chegar ao predio onde estou hospedada por conta do banco enquanto olho por apartamentos.

Londres esta sendo ultra mega simpatica comigo, nao posso reclamar. Ainda nao choveu uma unica gota, ha sol e a temperatura esta agradabilissima em torno de 21 graus. Depois conto mais estorias daqui.

*esse onibus nao eh aquele tipico vermelho de 2 andares, mais urbano. Eh um daqueles que fazem rota de aeroporto para a cidade.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

"Bless You!"...

... disse o policial de dentro da viatura parada em um semáforo, ao me ouvir espirrar quando atravessava a avenida perpendicular à rua em que ele se encontrava, localizada no bairro de Washington Heights.

Dei um sorriso de volta a ele. Essas pequenas e insignificantes gentilezas deixam o nosso dia mais leve e colorido, e chego até a acreditar na raça humana.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Brasileiro É Sem-Vergonha Mesmo

Então a menina posa peladona, ganha o Big Brother, está em novela da Globo ou coisa que o valha, e a mamãe ainda ganha o Bolsa-Esmola do governinho federal, aquele que cuida dos pobres? Falta caráter e vergonha na cara do brasileiro médio. Com esse tipo de gente aí, o país realmente nunca sairá da letargia generalizada.

O Globo - "O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) bloqueou, nesta segunda-feira (3/9), o benefício da costureira Cleusa Soares Massafera - mãe da atriz e ex-participante do programa Big Brother Brasil, Grazielli Massafera. A costureira é uma das 3.204 beneficiárias do programa Bolsa Família no município de Jacarezinho, Paraná.

O MDS vai notificar também a Prefeitura para atualizar o cadastro da família e identificar a partir de quando Maria Cleusa deixou de atender ao critério de renda do programa (renda mensal de R$ 120,00 por pessoa). Caso o perfil de renda da costureira não seja compatível com o Bolsa Família, o Ministério vai iniciar processo para que seja feita a devolução dos recursos recebidos indevidamente.

O cadastramento das famílias e a atualização do cadastro são de responsabilidade das Prefeituras. O MDS apóia essa ação em quase todos os municípios brasileiros, com repasse de recursos financeiros. É fundamental que as administrações municipais atualizem a renda das famílias regularmente para evitar pagamentos de benefícios indevidos."

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Labor Day

Ontem foi feriado, dia do trabalho. Aqui, com excecao dos feriados mais importantes como o 4 de julho, os feriados sao transferidos para a segunda-feira. Ja tentaram fazer isso no Brasil, ne, mas nao colou. Brasileiro gosta de emendar e nao trabalhar.

sábado, 1 de setembro de 2007

A C.U.C.A.* Te Pega

Cuidado com a C.U.C.A.*, que a C.U.C.A.* te pega, e pega daqui, e pega de lá... Hahahahaha.

*C.U.C.A. = Central Única dos Capangas do Apedeuta



Excelente interpretação da banda de rock O Beco, entretanto sou mais a letra do DJ Thiago, apesar de nao gostar nem um pouco de funk.

P.S.: aos cariocas, gostei do bar que aparece no clipe! Chama-se Saloon 79 e fica no Botafogo. Se for ao Rio algum dia desses, irei ao bar.