quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Kindle - 4 Meses Depois

Comprei o Kindle em abril e estamos no finalzinho de agosto. Sao 4 meses de uso. Resumo da opera: o negocinho eh viciante. Ate hoje nao paguei por um unico livro. E isso nao quer dizer que downloado apenas livros de autores mortos. Ha promocoes de vez em quando na Amazon para autores vivos tambem.

Devo ter downloadado pelo menos uma centena de livros - entre livros que ja havia lido, novos livros, livros que tenho copia em papel e por ai vai. Ja devo ter lido pelo menos uma dezena - nada mau, 2.5 por mes? Ao contrario do que fazia em papel, quando so comprava um novo batch de livros apos ter lido os imediatamente comprados, no formato digital costumo downloadar mais rapidamente do que consigo ler. Contribui para isso o fato de que os livros todos que baixei foram gratuitos.

Alem de ser super pratico e eu poder carrega-lo para cima e para baixo, em todas as viagens, dentro do metro, na bolsa, etc etc etc, ele eh leve e por isso mesmo extremamente portatil. Nao da para carregar Guerra E Paz na bolsa. Por exemplo, minha mudanca do Brasil ainda vai levar 3 semanas para chegar aqui, mas eu nao me incomodo nem um pouco: tenho o meu Kindle e um montao de livros bons para ler enquanto os outros nao chegam.

E o espaco entao? Para quem nao dispoe de espaco fisico como eu, ter o Kindle eh uma mao na roda. Nada mais de ficar empilhando livros em estantes, em caixas, todos empoeirados, e quebrar a coluna em toda e qualquer mudanca carregando-os. Esse ultimo ponto eh importantissimo, pois eu sou uma pessoa que nos ultimos 16 anos fez aproximadamente 11 mudancas.

Eh claro que o Kindle tem os seus defeitos, que serao com o passar do tempo devidamente enderecados, tenho certeza. Porque essa, assim como o celular, eh uma tecnologia que veio para ficar. Ainda eh preto-e-branco: isso significa que livros com gravuras ficam inutilizados. Nao da para criar arquivos dentro de arquivos: isso significa que tenho que listar meus livros por autor. Nao da para ordernar os arquivos: sao caoticamente ordenados, creio que por ordem de utilizacao.

Enfim, ha inumeras qualidades, ha alguns defeitos, e no todo a experiencia de usar um Kindle eh excelente. Voltar a livros de papel? So para comprar livros com gravuras que sejam indispensaveis à biblioteca de qualquer pessoa, como por exemplo esse aqui de William Blake. Ai sim, sera sempre um prazer ter um livro fisico desses na estante.

Pallywood - According To Palestinian Sources...

Mais uma excelente do Richard Landes. Vi no outro website dele, The 2nd Draft. Uma grande maquina de propaganda enganando os inocentes e estupidos no Ocidente, talvez maior ainda que a maquina construida por Hitler e Goebbels, que conseguiu enganar apenas os alemaes e mais ninguem.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Blog Recomendado

Achei via The Telegraph. Gostei, clique aqui.

Chicago

Estou impressionada com Chicago! Eh uma cidade limpa, moderna, bonita, organizada. Ao mesmo tempo em que os predios fenomenais dao à cidade um ar serio, as praias do lago Michigan quebram a monotonia do aco, cimento e vidro. Ou seja, Chicago eh uma cidade muito mais bonita e interessante que Nova Iorque.

Mas o que mais me impressiona mesmo eh o lado cultural. Chicago tem um parque lindo (one of many), no meio da cidade, chamado Millennium Park. Durante todo o verao estao sendo promovidos concertos gratis no parque, que conta com uma concha acustica que eh uma obra de arte por si propria. Concertos de *musica classica*, para ser exata, 3 vezes por semana. Em outros dias ha shows de jazz e blues e outros generos musicais.

Logico que a primeira coisa que me vem a cabeca eh comparar a cidade com uma similar no Brasil: a minha propria cidade, Belo Horizonte. Bom, para comecar nos nem parques temos, entao fica dificil promover concertos em parques. Vamos entao a uma cidade mais rica e de maior porte com parques, Sao Paulo. Ha musica gratuita no Ibirapuera? Com certeza ha. Ha musica classica gratuita no Ibirapuera? Mas nem a pau.

Cultura... Falta cultura no Brasil. Ha batucada gratuita no Ibirapuera. Ha bumbos, nao ha violinos. O Barba disse que se colocassem musica classica o povo nao se interessaria. Eu discordo. Promovam um evento e esperem que eles virao. E se interessarao. Senao eh o classico caso de quem veio antes, o ovo ou a galinha.

Depois me veio a cabeca... A populacao afro-americana em Chicago eh grande. Aqui, eles tocam saxofone. Por que no Brasil eles tocam bumbo? Por que os Estados Unidos tiveram Miles Davis e o Brasil tem o horror de Carlinhos Brown?

A questao eh retorica...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembrancas

Saimos do Brasil no domingo dia 7 de agosto. Nao deu para despedir de todo mundo. Da familia deu, mas de alguns amigos nao. Alias, nos 4 meses e meio que passei no Brasil nao consegui ver todos os amigos que havia deixado para tras. Nao porque o numero eh grande, mas porque o tempo eh sempre curto... Ou porque a gente acaba nao fazendo o esforco necessario - da trabalho ver pessoas (espero que meus amigos nao me leiam - alias, nunca divulguei o endereco do blog a amigos reais, apenas a amigos virtuais).

Enfim, ja haviamos alugado (do Brasil, pela internet) nosso ape em Jersey City. Eh o mesmo predio de 4 anos atras. Uma pena que nao eh o mesmo ape de 4 anos atras, eh um ape diferente, mas muito legal. Apesar de nao ter um "walk-in closet"- a coisa mais valorizada por mim em um apartamento - tem vistas de Manhattan e da estatua da Liberdade. A vista eh realmente magnifica e diminui consideravelmente a minha frustracao de nao ter o closet. A nossa mobilia, devido a burocracias existentes no Brasil, devera chegar somente depois de umas 4 semanas. Ou seja, no momento dormimos em colchoes de ar e tomamos cafe da manha em pratos descartaveis. Nao reclamo.

Falando em 4 anos atras, outro dia matutava sobre aquele filme, magnifico, "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembrancas". Se a tecnologia estivesse disponivel, eu juro que apagaria os 4 ultimos anos em Londres. Nao, apagaria todas as minhas memorias de Londres. Seria como se nao conhecesse a cidade, como se nunca estivesse estado la. Nao apagaria as memorias do resto da Europa, nao, eu gosto da Europa continental. E eu odeio Londres do fundo do meu coracao.

Alias, sinto como se finalmente tivesse voltado ao meu verdadeiro lar, à minha verdadeira patria. Depois de 4 infindaveis anos, eu voltei. E voltei para ficar. Daqui na saio mais. Nao, nao saio. Nunca deveria ter saido, mas naquela epoca julguei que era melhor ter um trabalho em Londres do que morar aqui sem trabalho. Acho que julguei erroneamente, mas como saber? Nunca saberei.

Enfim, back to the USA. I'll keep you updated.