quinta-feira, 21 de março de 2013

O Supercoxinha

Bom, o Supercoxinha eh o apelido que o RA colocou no prefeito de Sao Paulo, Fernando Haddad. Deve ser giria de paulista, porque por mais que ele explique o apelido ainda nao peguei o sentido da coisa. Mas tudo bem, eh engracado ver as charges que os leitores mandam e ele publica.

Eu detesto o Haddad, em primeiro lugar porque ele eh do PT e eu detesto todos os politicos do PT (e ouso dizer, eleitores e simpatizantes tambem - isso eh porque eu sempre tive ojeriza de gente burra). Em segundo lugar porque ele eh incompetente mesmo, como a grande maioria dos quadros do PT.

Enfim, todas as criticas dirigidas ao prefeito sao validas. Acho validas ate mesmo criticas que sao dirigidas a ele *so porque ele eh do PT e esta na situacao*. Coisas do tipo: ate concordo com a medida xyz dele, mas vou meter o malho porque ele eh situacao e eu sou oposicao. Eh do jogo politico, nao eh? So o pessoal do PSDB ainda nao entendeu isso. Mas essa critica aqui do RA esta mal ajambrada. Presta atencao no que ele diz: "O Supercoxinha não é brinquedo, não! Fez aprovar uma lei, então, que pune os mais pobres, que não conseguiram trocar de carro ou só conseguiram comprar um já velho."

Ohhhhhhhhhh! Entao ele eh contra a lei do Supercoxinha porque supostamente pune os mais pobres, os quais nao tem dinheiro para comprar carro novo? Ah nao, Reinaldao, seu passado comunista te condena. Tem ideia morta fedendo dentro da sua caixola, nao eh possivel. Ter um carro significa ter dinheiro para comprar o carro e dinheiro para a manutencao do carro, alem do pagamento de taxas e impostos, nao eh mesmo? Infelizmente, nem todo mundo tem esse dinheiro e portanto deve se contentar com o busao. Eh isso ai.

Somente no pais das jabuticabas, como ele bem gosta de falar, ha isencao de IPVA para carro velho! Isso nao existe em pais nenhum no mundo! Todos os governos cobram mais de carros mais velhos porque carros mais velhos incomodam todo mundo: poluem mais, quebram nas avenidas e infernizam o transito, etc. E pedir revisao veicular para carros novos era claramente um absurdo! Carros novos nao tem problemas. Isso era mais um jeito de o estado extorquir uma graninha das pessoas.

Entao, tudo bem ser contra o Supercoxinha porque ele eh um petista. Mas que arrumemos algo melhor como desculpa, por exemplo: ele prometeu que nao iria fazer na campanha, etc. Coisas do genero, que nao atestem contra a nossa inteligencia.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Voltei! Direito Dos Gays De Novo!

Que saudades! Havia bastante tempo que nao dava um pulo por aqui. A ultima postagem eh de 9 de novembro de 2011 e hoje eh 20 de marco de 2013... Quase 1.5 ano. Muita coisa aconteceu nesse um ano e meio, a mais importante delas eh que tenho dois filhos gemeos, um menino e uma menina. Estao fazendo quase 9 meses.

O mais engracado de tudo eh que o ultimo post vai ser o gancho desse primeiro pos-maternidade. Nessa segunda-feira, ao sair para pegar o dinheiro da baba' no banco e depois comprar um cafe no Dunkin' Donuts (ia sempre no Starbucks, mas agora estou dando preferencia ao Dunkin' porque eh mais barato, com dois filhos ja viu ne) de novo fui abordada por um gay sorridente, dessa vez na minha cidade de Jersey City mesmo.

"Voce tem um tempo para falar de gay rights?", ele me perguntou. Eu sorri de volta e disse que estava com pressa. Tinha que voltar para casa para pagar a baba'. Eu ate me lembrei de que havia dito que da proxima vez iria perguntar quais eram mesmo os direitos que eles ainda nao tinham, mas realmente nao tinha tempo. Uma pena. No caminho de volta a casa fiquei imaginando a nossa conversa...

Hoje li uma reportagem no conservador Washington Post dizendo que varios homens que sao muito machos (e citaram exemplos, esportistas, rappers, republicanos, soldados, etc) estao vindo `a imprensa a favor do casamento gay. Isso tudo porque a Suprema Corte americana vai julgar o Defense of Marriage Act, mais conhecido como DOMA. O DOMA foi assinado por Bill Clinton e basicamente reconhece o casamento como sendo apenas entre um homem e uma mulher. Em nivel federal, portanto, nao ha o reconhecimento do "casamento" entre pessoas do mesmo sexo - isso significa que: casais gays nao podem declarar o imposto de renda juntos, americanos que casarem com imigrantes do mesmo sexo nao podem lhes dar a cidadania, viuvos nao podem receber pensao do parceiro falecido e por ai vai.

Ora Patricia, voce ira' me perguntar, voce mesma ja respondeu a sua pergunta! Ha "direitos" que casais heterossexuais tem que os gays nao tem, voce nao acabou de fazer uma listinha acima? Eh verdade. E nao seria entao injusto estender esses direitos aos casais homossexuais, mesmo que nao chamemos a uniao deles de casamento? Eu acho que o que estamos fazendo no momento eh abrindo uma caixa de Pandora, essa eh a resposta. Porque todo mundo hoje tem um parente ou amigo gay, e gosta da pessoa, acha que eh mais do que normal a pessoa ter os mesmos direitos - o que poderia haver de mal, nao eh verdade? Acontece que o meu vizinho pode achar perfeitamente normal ter duas mulheres - e agindo na mesma linha eu tambem teria que ser a favor dos mesmos direitos para o trio. Onde tudo isso vai parar?

O problema todo eh que se perde de vista a intencao das leis originais, inclusive aquelas nao escritas, as leis naturais: o casamento deve ser entre um homem e uma mulher, porque um homem e uma mulher irao formar um nucleo familiar que perpetuara a especie. Um casal homossexual somente perpetuara a especie se fizer uso de IVF, mas dai vamos deixar isso para outro post porque a discussao eh maior ainda. Entra ainda no balaio de gatos a questao da adocao.

Enfim, tenho certeza de que vamos assistir a mais uma derrocada do conservadorismo: o DOMA vai ser repelido. Quem viver vera'. Dai espero nao encontrar na rua os meus queridos e sorridentes amigos pedindo os mesmos direitos...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Gay Rights

Ontem foi a segunda vez que fui abordada nas ruas de Nova Iorque para um abaixo assinado a favor dos "direitos dos gays". Eu queria parar e perguntar: mas que direitos? Voces ja nao conseguiram tudo o que queriam? Podem casar no civil, deixar heranca, colocar o companheiro no plano de saude da empresa, adotar criancas, ate mesmo ter filhos com a ajuda de IVF... O que mais voces querem? Se for mais do que isso que esta ai citado, eu como hetero tambem nao tenho esse "direito", logo do que mesmo estamos falando?

Ate parece que as bichas sorridentes moram no Iran...

Da proxima vez vou parar e me informar sobre os tais dos direitos que eles reclamam. So falta ser casar de veu e grinalda em uma igreja catolica, tsk tsk tsk.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Os Pedintes de New York Pos Crise

Ontem dei uma volta grande pela cidade. Como eu nao estou morando propriamente na ilha, e como tenho que atravessar o mighty Hudson para chegar la, quando tenho a chance de ir passo um bom tempo caminhando pela cidade e observando tanto o beautiful people quanto o ugly people tambem. A cidade para mim resume-se a Manhattan. O resto eh quase tao estrangeiro a New York quanto a parte de JC onde moro.

Ha mais pedintes nas ruas de New York depois da crise, pude observar. Faz sentido, obviamente, a economia vai mal, as pessoas nao tem dinheiro e algumas nao tem vergonha na cara e saem a pedir por ai. Passei por um mendigo que fedia tanto quanto um outro que uma vez me bateu na Avenida Paulista em Sao Paulo. Aqueles que voce tem que prender a respiracao quando vai passar por ele, senao vomita na rua. Depois vi uma mulher jovem, em plena 5a Avenida, sentada no chao com um cartazinho: "I am pregnant and alone". E com a cumbuquinha para receber uns trocados dos que passavam, logico. Eu fiquei encafifada com o cartaz dela. Quase perguntei: o que nós, passantes, temos a ver com o fato de voce estar gravida e sozinha? Tipo, ninguem fica gravida sozinha, my darling, it takes two to make a baby. E depois, por sozinha, voce quer dizer o fato de que nao tem amigos, ou parentes, ou pai e mae, o que quer dizer exatamente sozinha? Ou foi o pai da crianca que te abandonou? Jovem assim, e com cara de saudavel, sera que se pegasse no cabo de uma enxada nao dava para sustentar voce e a crianca nao? Eu nem iria perguntar sobre aborto, mas acho que eh legal no estado de New York. Entao esse "gravida" eh completamente irrelevante para os passantes, assim como o "sozinha" tambem. Ela precisa tomar umas aulas de marketing para aprender a comover, porque com aquele cartaz, ninguem mesmo da dinheiro. Eh claro que nao fiz nenhuma pergunta, vai que apanho...

Na porta do McDonalds que entrei para satisfazer minha compulsao mensal por um Big Mac com fritas vi uma crianca do sexo feminino sentada no chao, pedindo dinheiro tambem. Devia ter por volta de 12, 13 anos, no maximo. Quase perguntei: cade o adulto que te explora? Na horinha pensei, "ela deve ser do leste europeu, deve ser cigana, os ciganos sempre fazem isso". Ai de repente me lembrei que nao estava mais em Londres, mas nos Estados Unidos e aqui gracas a Deus nao temos a praga dos ciganos. Essa crianca obviamente deveria estar na escola, estudando e sendo alimentada pelo governo como todas as outras.

O bom dos pedintes aqui na America eh que eles nao gritam, nao choram, nem mesmo estendem a mao em sua direcao. Acho que eles tem vergonha disso. Eles sentam no chao e poe a cumbuquinha, vez ou outra fazem um cartazinho (sao letrados, obvio) e eh isso, eles esperam pacientemente pela generosidade dos passantes. Da proxima vez que for à cidade vou ficar uma meia hora do lado de um desses para ver se o pessoal esta generoso ou nao. Com a crise, eu acho que estao menos generosos - dinheiro falta para todo mundo. Eu detesto pedintes latinos (brasileiros ou europeus), principalmente aquelas velhas desgrenhadas de porta de igreja e as ciganas, que ficam te pegando, te agarrando, chorando "pelamordedeus, por caridade uma moedinha" e por ai vai. Eh literalmente constrangedor o comportamento desses pedintes.

Deveria haver uma etica de pedintes. Uma etica anglo-saxonica ainda por cima.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Mudanças - Uma Narrativa

Até o momento fizemos praticamente 3 mudanças intercontinentais. Uma dos Estados Unidos para a Inglaterra, outra da Inglaterra para o Brasil, e finalmente a última do Brasil para os Estados Unidos. Fechamos o ciclo.

Nas duas vezes em que tivemos "Brasil" no meio foi uma dor de cabeça. Ou seja, a mudança mais tranquila de todas foi entre Estados Unidos e Inglaterra. Foram altamente eficientes: gastaram no máximo umas 4 horas empacotando as coisas e a mudança gastou 30 dias para chegar (entre desembaraço no porto de origem, trajeto de navio e desembaraço no porto de chegada). Nada foi quebrado, nada.

Na perna envolvendo um país desenvolvido (Inglaterra) e a porcaria do Brasil, a ponta de origem foi ok. Também gastaram as mesmas quase 4 horas empacotando as coisas e o desembaraço no porto de origem foi rápido. O trajeto de navio também foi rápido. O problema, como não poderia deixar de ser, foi no porto de chegada. Foram 30 dias para desembaraçar o conteiner. Um absurdo, lógico. Mas todo mundo sabe que os portos do Brasil estão entre os piores do mundo.

Antes fossem apenas os portos. Os serviços de mudança do Brasil também estão entre os piores do mundo. Apesar da mudança entre Inglaterra e Brasil ter levado no total 60 dias (30 deles apenas no porto de chegada, se não me engano o porto maldito de Santos), nada também havia sido quebrado. Tudo chegou intacto. Agora vem a horror story da mudança entre Brasil e Estados Unidos.

Bom, a firma que contratamos para fazer a mudança, chamada Transworld, é um lixo - contratamos via AL Express, que é outra porcaria. Levaram 2 (DOIS) dias inteiros empacotando as nossas coisas. Não, meus amigos, não é que nós compramos o mundo depois que saímos da Inglaterra e Estados Unidos - a nossa mudança era praticamente a mesma com exceção de 1 (UMA) cama a mais. Havia empacotadores basicamente analfabetos - um dos velhinhos (velhinho?!? sim!!!) empacotando as nossas coisas basicamente tinha que chamar a menina o tempo todo para escrever na caixa o que ele havia colocado. Ah, e eles faziam horário de almoço, pode? E a lentidão? E o bate-papo? Nossa, vocês não imaginam a irritação que eu fui tendo com esse povo. Além do fato de ter que dormir uma noite no apartamento com as coisas todas empacotadas - nós nem pudemos tomar banho naquele dia, porque as toalhas já haviam ido - e eu achando que os caras iriam gastar apenas um dia (8 horas, mais que o dobro que ingleses e americanos).

Bom, é óbvio que a mudança para cá também gastou 60 dias - sendo que 30 deles apenas para sair do maldito porto de Santos. E quando abro as coisas aqui, surprise surprise - há coisa quebrada, lógico. Tudo bem, talvez devesse esperar que em toda mudança pelo menos um ou outro item seria quebrado, faz parte do negócio. Mas juro que estava mal acostumada com as mudanças que tinha feito até o momento, realizada por embaladores profissionais ingleses e americanos, onde nada, nada mesmo havia sido quebrado.

O que quebrou? Um item sentimental, obviamente, que é bem mais difícil de repor do que se fosse uma coisa de série. Uma fachada de gesso da Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Sabará que eu havia ganhado de presente dos meus pais. Só para vocês terem idéia de quão energúmenos são os caras, apesar de estar mal e mal enrolada em papel bolha, colocaram a igreja de GESSO no fundo de uma caixa, com coisas por cima tais como um Ganesh gigantesco de BRONZE. Falta muito neurônio em uma cabeça dessas... Outro ponto a observar: enquanto os americanos e ingleses tinham caixas de todos os tamanhos e tipos, os nossos embaladores tinham apenas caixas padrões - tome como um exemplo uma cadeira giratória de escritório: os americanos e ingleses colocariam a cadeira em uma mega caixa. Os brasileiros praticamente CONSTRUÍRAM uma caixa para embalar a cadeira. E eu te pergunto: qual embalagem é mais eficiente? Não precisa responder, é uma pergunta retórica.

E as caixas que simulam armários, então, onde se é possível pendurar cabides? Bom, de novo a comparação: americanos e ingleses tinham caixas onde a barra que segura os cabides era de metal - na caixa dos brasileiros, a barra era de papelão. Guess what? Chegamos com as roupas que deveriam estar dependuradas todas acumuladas no chão das caixas - e em 2 caixas de ternos, onde eles colocaram coisas demais para economizar caixas, havia buracos inteiros nas caixas - até pensamos que alguém havia roubado algo - pelo menos isso não aconteceu, e no final das contas nada foi danificado nesse sentido.

A minha conclusão é a seguinte: se tiver que se mudar do Brasil, pegue simplesmente a MELHOR transportadora que existe lá, que eu ACHO que é a Granero. Nós tivemos que nos mudar no privado (significando, o banco não pagou essa mudança). Então tentamos fazer um pouco de economia e cotamos umas 3 empresas, entre elas a Granero. Pegamos essa porcaria aí e apesar de que entre mortos e feridos salvaram-se todos, a dor de cabeça foi inacreditável.

Último examplo, só para vocês verem o nível da coisa: o cara da AL Express, que era mais ou menos a agenciadora da Transworld, não lidou honestamente com a gente, no sentido de dizer upfront todas as informações. Nós ingenuamente achávamos, por exemplo, que era difícil desembaraçar em Santos se as coisas estivessem CHEGANDO do exterior, e não PARTINDO para o exterior - claro, as "otoridades" brasileiras nunca vão deixar você trazer trocentas coisas do exterior e sempre querem uma propina para liberar a mudança. A mudança saiu do nosso apartamento em uma sexta-feira às 4 da tarde e o cara disse que iria direto para Santos, e que provavelmente sairia de Santos na semana seguinte. É lógico que ELE sabia que isso era mentira das grossas, mas continuou enrolando a gente até que tomou 30 dias para sair de Santos. Custava gerenciar as expectativas do cliente falando a verdade? Tipo, "olha só meu amigo, sabe como é o porto de Santos - vai levar 30 dias para desembaraçar a mudança, e isso é independente do fato de você fazer a mudança conosco ou com o concorrente". Entenderíamos, lógico, e amaldiçoaríamos o porto de Santos até o último dia de nossas vidas. Mas por que brasileiro acha que vai se safar falando mentira, por que brasileiro tem a mania de enrolar cliente? Amaldiçoamos o cara também até o último dia de nossas vidas e ainda escrevo aqui um depoimento falando o quanto ele e a empresa dele são ruins.

Bom, de novo, se estiver se mudando do Brasil: Transworld não, Alexpress não. Contrate gente decente, mesmo que pague mais caro. E ria na cara do bobalhão que tentar te enganar dizendo que a sua mudança sai em 1 semana do Brasil. Com o estado dos portos brasileiros, isso não acontece de jeito nenhum.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Papel Do Cristão

Tenho lido muito por aí na internet sobre pessoas supostamente cristãs opinando sobre o papel dos cristãos no mundo. Volta e meia você lê que um cristão deve ser "legal" (em inglês, "nice"). Nós temos que ser "nice", na concepção dessa gente, a maior parte esquerdistas vendilhões da Pátria e amigos dos muçulmanos.

O que implica ser "nice" para essa gente? Implica em FAZER VISTA GROSSA E TER OUVIDOS MOUCOS. Isso, para esse pessoal, é ser "nice". E eles ainda têm a audácia de dizer que Jesus Cristo era um "nice guy". Vamos começar pelo episódio dos vendilhões do templo. Será que Jesus Cristo foi "nice" ao expulsar a socos e pontapés os vendilhões do templo? Poxa JC, era só um pessoal tentando ganhar a vida honestamente, será que Você não foi precipitado nesse seu ato "gratuito" de violência?

Depois eles dizem como crianças que são que Jesus amou a todos e que todos nós devemos amar ao próximo, não está nos 10 Mandamentos? Ai, crianças... Amor não significa aceitação total de toda e qualquer situação ou de toda e qualquer pessoa, ou mais, não significa fingir que as coisas não existem e enterrar a cabeça na areia como um avestruz. Se fosse assim Jesus teria amado os fariseus; se fosse assim, Jesus nem teria se incomodado em catequisar e evangelizar os apóstolos, para que, eu os amo do jeito que são, deixa todo mundo fazer o que quiser, poxa, todo mundo é livre para ser o que deseja. Eles confundem amor com liberdade, como toda criança. Eles misturam as coisas. Eles se esquecem que Jesus perdoou a adúltera, mas disse (talvez até com certa severidade, como um bom Pai, vai lá saber): vá e não peques mais. NÃO PEQUES MAIS. Não foi: tudo bem, minha filha, a carne é fraca, né? A gente te entende...

Então na concepção dessa gente um cristão deve calar a boca e aceitar tudo o que vê no mundo, porque afinal de contas somos tolerantes e devemos "amar" a todos. Não, isso está errado! Não é assim. Como disse Paulo, nós devemos lutar o bom combate. Nós devemos sim incomodar o mundo, sair por aí, pregando a Palavra e mostrando sim aos outros o quanto eles estão errados, o quanto uma situação particular é absurda, etc etc. Esse é o verdadeiro papel do cristão no mundo: catequizar, evangelhizar, levar a Palavra, abrir os olhos, a cabeça e o coração das pessoas à Verdade.

For God hath not given us the spirit of fear: but of power, and of love, and of sobriety. 
Preach the word: be instant in season, out of season: reprove, entreat, rebuke in all patience and doctrine. 
For there shall be a time, when they will not endure sound doctrine; but, according to their own desires, they will heap to themselves teachers, having itching ears: 
And will indeed turn away their hearing from the truth, but will be turned unto fables. 
But be thou vigilant, labour in all things, do the work of an evangelist, fulfill thy ministry. Be sober.

(2 Timothy 1:7, 4:2-5)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Zeitgeist: Gaddafi Dead - So What?

Gaddafi Dead — So What?

by Raymond Ibrahim
Pajamas Media
October 22, 2011

What a myopic view the Western media and its array of "experts" have concerning the so-called "Arab Spring" — a myopia that naturally metastasizes among the general public.

Mubarak and Gaddafi: Creators of oppressed societies or products of oppressive societies?

Consider the Libyan crisis. As usual, the focus is entirely on the individual, on the tangible — the now dead Gaddafi — whom all the blame can be heaped upon, while the existentialist elephant in the room, the real mover and shaker, the spirit of the age behind all these uprisings, is never acknowledged.

So another Arab dictator has been eliminated, and the talking heads are abuzz: some, whose knowledge of the world and reality is chronically limited to their own experience, naively cry "democracy!" (even as those who butchered Gaddafi were crying "Allahu Akbar!"); others cautiously include the usual boilerplate caveats in their analyses, which otherwise remain parochial.

Either way, as many interpret events in Libya, they project their own values and notions of right and wrong, good and bad — most notably by portraying the Arab uprisings as positive signs of democracy — thereby demonstrating, yet again, their inability to comprehend Islam's distinct civilization, let alone the Closing of the Muslim Mind.

I am reminded of an especially pertinent observation by philosopher Arthur Schopenhauer:

The discovery of truth is prevented most effectively, not by the false appearance things present and which mislead into error, nor directly by weakness of the reasoning powers, but by preconceived opinion, by prejudice [in this case, by the Western conviction that all people want a secular, liberal democracy], which as a pseudo a priori stands in the path of truth and is then like a contrary wind driving a ship away from land, so that sail and rudder [reality and those who present it] labor in vain.

Indeed, 19th century Germans, such as Hegel, understood that world events, far from being inextricably tied to individual leaders, were products of the Zeitgeist, defined as: "The spirit of the time; the taste and outlook characteristic of a period or generation … the spirit, attitude, or general outlook of a specific time or period … the general atmosphere of a place or situation and the effect that it has on people."

Consider Libya's neighbor, Egypt, as described in the 2009 book Inside Egypt. The author's otherwise prescient argument was that revolution was in the air; however, he too took the narrow view, ignoring the "spirit of the time." My review of the book, written before the Egyptian revolution, is especially applicable today:

Unfortunately, there is a myopic tendency to view nearly every problem in Egypt as a byproduct of Husni Mubarak, Egypt's president since 1981, and in [the author] Bradley's view, the "most corrupt offender of them all." Even things one might have supposed were products of time or chance — from the condition of Egypt's Bedouin, who have led the same desperate lifestyle for centuries, to the radicalization of Muslims, a worldwide phenomenon—are somehow traced back to Mubarak. … Indeed, this is the book's chief problem. Bradley is convinced that, given a chance, through the elimination of Mubarak, Egyptians would create a liberal, egalitarian, and gender-neutral society. … And while he is convinced that Egypt is a byproduct of Mubarak, one is left wondering instead whether Mubarak is a byproduct of Egypt.

In fact, since the Mubarak scapegoat has been ousted, and after Western media and politicians gushed and hailed "democracy," Egypt has seen the worst Islamist inspired violence — especially from the state itself — against its non-Muslim minorities.

The lesson? To understand grand scale events, stop focusing on individuals — whether ousted Arab dictators (Tunisia's ben Ali, Egypt's Mubarak, now Libya's Gaddafi) or slain jihadist leaders (Osama bin Laden and the various no-names the administration boasts of killing) — and start focusing on the forces, the "spirit of the time," in this case, Islam, which creates bin Ladens no less than the tyrannical autocrats who suppress them.

Nor is this approach limited to comprehending the significance of the "Arab Spring." To the many who think that America's problems begin and end with Obama, consider the logic of the following quote, attributed to a Czech newspaper (note: underlines and bold types are mine, Patricia's):

The danger to America is not Barack Obama but a citizenry capable of entrusting an inexperienced man like him with the presidency. It will be far easier to limit and undo the follies of an Obama presidency than to restore the necessary common sense and good judgment to a depraved electorate willing to have such a man for their president. The problem is much deeper and far more serious than Mr. Obama, who is a mere symptom of what ails America. Blaming the prince of the fools should not blind anyone to the vast confederacy of fools that made him their prince. The republic can survive a Barack Obama. It is less likely to survive a multitude of fools such as those who made him their president.

In short, individual leaders do not cause societies to become what they are; rather, these leaders are symptoms — reflections — of their respective societies.

A Neopaganização da Sociedade

Você anda pelas ruas de Jersey City logo antes do Halloween e eh capaz de observar dois tipos de decorações extravagantes nas casas: algumas, como o meu prédio, colocam cubos de feno, abóboras e vasos de flores outonais, talvez para nos lembrar (?) que sim, o verão acabou e o outono está aqui, voilà! Outras colocam lençóis brancos, tules, fantasmas e jack-o'-lanterns nas sacadas e escadas.

Seria apenas exploração comercial das datas comemorativas - nem feriados são? As lojas estão cheias de artigos para Halloween e temas que lembram o outono - que podem ser usados lá para os lados de Thanksgiving, mais ou menos 1 mês depois do Halloween.

Não sei ao certo a resposta, mas eu tenho a vaga impressão de que a sociedade ocidental como um todo tem tentado voltar às origens pagãs. Nem me refiro a esses estúpidos cultos wiccas e coisas do gênero, mas a um certo sentimento genérico de que a natureza eh a mãe ou deusa, tudo o que eh natural eh bom, festas de colheitas e de mudanças de estações e por aí vai. Nem digo que o "culto" eh consciente - acho que se perguntasse em cada uma dessas casas decoradas se eles veneram a natureza ou algum outro poder anímico eles ririam de mim - é lógico que é apenas por brincadeira, é para a diversão das crianças, diriam.

O que tiro como conclusão de tudo isso é o seguinte: os homens precisam dos deuses, e não vice versa. Inclusive o mais ferrenho dos ateus, que cultua o Homem como deus.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Curtas & Grossas

1. Emagreci ja quase 1kg desde que o Barba viajou para o Brasil na sexta-feira a trabalho. Nao, nao eh o amor - eh disciplina.

2. Hoje passando pelo supermercado nao consegui resistir e comprei uma Ryvita. A consciencia pesou depois - poxa, ainda estou consumindo produtos da ilha esquecida por Deus? Inadmissivel fazer negocios com ingleses! Prometo que foi so dessa vez...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Game of Thrones - Livro x Serie HBO

Eu quase sempre leio o livro antes de ver o filme ou a serie na televisao. Dessa vez nao deu. A serie da HBO foi lancada no Brasil se nao me engano em abril, e eu tive que assistir à serie antes de ler o livro. Eu queria comprar o livro, mas porque na Amazon o preco do livro no formato eletronico estava mais caro que o preco no formato fisico, e eu ja nao queria mais comprar livros fisicos, deixei o projeto de lado e fui assistir à serie.

Mas agora que a Amazon lancou o Kindle nas bibliotecas publicas americanas, consegui pegar o livro emprestado em formato eletronico no meu Kindle. Alias, achei o processo todo genial. Downloado (eu downloado, tu downloadas, ele downloada) o livro de graca, tenho 3 semanas para ler, tudo pelo computador, nao preciso passar em lugar nenhum. A unica coisa chata eh que nao posso usar a rede 3G para downloadar o livro, tenho que fazer isso via wi-fi. Mas tudo bem, eh mais chato mas funciona. Ja sou cliente da biblioteca publica de Nova Jersey e agora preciso convencer o Barba a pegar uma carteirinha na biblioteca publica de Nova Iorque, que eh bem maior e tem muito mais titulos disponiveis.

Vamos à comparacao propriamente dita: para variar o livro eh melhor que a serie, mas nao MUITO melhor. A bem da verdade a serie eh bem fiel ao livro, pouquissimas cenas sao alteradas (de forma sutil) e quase nada eh deixado de fora. Uma unica coisa a serie deixa a desejar: a mitologia nao eh bem explicada. Na verdade a mitologia, nesse primeiro livro, ainda deixa um pouco a desejar. Nao sei se o autor vai se estender mais nos outros livros e explicar tim por tim de como esse mundo evoluiu, como os habitantes surgiram, etc etc etc. No momento ha algumas explicacoes, mas nao muitas. E na serie televisa nao ha explicacao alguma.

Entao as pessoas se decepcionam um pouco com a serie, porque acabam achando que eh uma serie de capa-e-espada mas na verdade nao eh, eh fantasia. E em fantasia tudo eh possivel, mas o bom autor tem que explicar a sua mitologia de forma convincente. O melhor de todos, o rei da fantasia, obviamente eh Tolkien. Nao sei se G.R.R. Martin chega ao nivel de Tolkien (eu acho humanamente impossivel bater Tolkien), tenho que conferir. Mas, pelas dicas dadas ate o momento no primeiro livro, estou achando a mitologia de Martin um pouco fraquinha... Os sleep walkers (ou others) nada mais sao do que zumbis, mortos-vivos? Acho meio idiota misturar um genero de ficcao com outro, e acho mais elegantes os autores que criam suas proprias criaturas... Zumbi ja existe ha decadas, nao? Vamos ver como ele se sai com a explicacao de como os zumbis surgiram nesse mundo ficticio - nao eh nesse primeiro livro, ja aviso.