terça-feira, 16 de agosto de 2011

Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembrancas

Saimos do Brasil no domingo dia 7 de agosto. Nao deu para despedir de todo mundo. Da familia deu, mas de alguns amigos nao. Alias, nos 4 meses e meio que passei no Brasil nao consegui ver todos os amigos que havia deixado para tras. Nao porque o numero eh grande, mas porque o tempo eh sempre curto... Ou porque a gente acaba nao fazendo o esforco necessario - da trabalho ver pessoas (espero que meus amigos nao me leiam - alias, nunca divulguei o endereco do blog a amigos reais, apenas a amigos virtuais).

Enfim, ja haviamos alugado (do Brasil, pela internet) nosso ape em Jersey City. Eh o mesmo predio de 4 anos atras. Uma pena que nao eh o mesmo ape de 4 anos atras, eh um ape diferente, mas muito legal. Apesar de nao ter um "walk-in closet"- a coisa mais valorizada por mim em um apartamento - tem vistas de Manhattan e da estatua da Liberdade. A vista eh realmente magnifica e diminui consideravelmente a minha frustracao de nao ter o closet. A nossa mobilia, devido a burocracias existentes no Brasil, devera chegar somente depois de umas 4 semanas. Ou seja, no momento dormimos em colchoes de ar e tomamos cafe da manha em pratos descartaveis. Nao reclamo.

Falando em 4 anos atras, outro dia matutava sobre aquele filme, magnifico, "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembrancas". Se a tecnologia estivesse disponivel, eu juro que apagaria os 4 ultimos anos em Londres. Nao, apagaria todas as minhas memorias de Londres. Seria como se nao conhecesse a cidade, como se nunca estivesse estado la. Nao apagaria as memorias do resto da Europa, nao, eu gosto da Europa continental. E eu odeio Londres do fundo do meu coracao.

Alias, sinto como se finalmente tivesse voltado ao meu verdadeiro lar, à minha verdadeira patria. Depois de 4 infindaveis anos, eu voltei. E voltei para ficar. Daqui na saio mais. Nao, nao saio. Nunca deveria ter saido, mas naquela epoca julguei que era melhor ter um trabalho em Londres do que morar aqui sem trabalho. Acho que julguei erroneamente, mas como saber? Nunca saberei.

Enfim, back to the USA. I'll keep you updated.

2 comentários:

Anônimo disse...

Achei que você tivesse achado o caminho em Londres.
"Nao me espanta nada que eu fiquei sem confessar e sem frequentar a Missa aqui no Brasil por 16 anos, ate encontrar o caminho de novo, em Londres. La em Londres nao existe nada disso. O padre entra no confessionario, acende uma luzinha, dai voce entra e pede perdao. Ele nem ve quem esta do outro lado, somente ouve a voz."

patricia m. disse...

Eh verdade, Pagodeiro, eu achei o Caminho em Londres. Na realidade foi a unica coisa boa que achei naquela cidade. Corrigindo, apagaria todas as memorias da cidade menos a memoria da minha querida igreja Farm Street Church.

Vale o ditado: Deus escreve certo por linhas tortas. Deve ter sido por isso que fui morar na ilha maldita por 4 anos. Era a antecamera do inferno. No fundo Ele me perguntou: quer isso por toda a eternidade? E eu, eh claro, disse que NAO, NAO MIL VEZES NAO!