segunda-feira, 1 de março de 2010

O Homem

Entre o bom selvagem rousseauniano e o lobo do próprio homem voltairiano é claro que fico com o último. Definitivamente não acredito na bondade inerente do ser humano, aliás muito antes pelo contrário, acredito que em geral o ser humano é mau por natureza e há que se fazer muito esforço para se tentar ser uma boa pessoa, principalmente quando a nossa principal barreira para fazer maldades, a lei, se torna inexistente.

Exemplos? Vejam o caso do Chile. Eu evitei comentar sobre o Haiti anteriormente porque já achava que aquele pessoal lá vivia em condições sub-humanas mesmo. Mas não no Chile. O Chile faz parte da OECD, o Chile é o país mais avançado em termos econômicos da América Latina, o Chile tem a maior renda per capita do continente. Ou seja, relativamente avançado, e portanto deveríamos supor que sua população fosse um pouco diferente da do Haiti. Que nada.

Mal vêem a lei ausente, o pessoal aproveita para roubar, matar e mostrar seu lado animal. Um cenário verdadeiramente Mad Max. Que vença o mais forte. Parece que séculos e séculos de civilização se apagam assim em um instante, e o homem volta à condição primitiva da qual provavelmente nunca saiu.

É por isso que em tempos assim me preocupo um pouco com minha falta de habilidades. Preciso com uma certa urgência me adaptar a um mundo mais primitivo. E se acontece mais uma guerra? E se acontece uma hecatombe e de repente voltamos ao caos? Há que se preparar para esse tipo de coisa. Em primeiro lugar, aprender a atirar. Em segundo, guardar uma arma em casa. Em terceiro, desenvolver um pouco mais a resistência física. O plano de ação está aí, basta colocar em prática.

2 comentários:

Fábio Mayer disse...

Acredite, se acontecer um terremoto em Paris, também haverá saques e depredações, tal qual o qu ocorreu no Chile ou no Haiti. Talvez em menor grau, mas haverá.

Não é o país que determina isso, nem a localização geográfica, mas a natureza humana.

António Conceição disse...

Homo homini lupus, como escreveu T. Hobbes. É por isso que sou de direita. A esquerda acredita na bondade do ser humano e que, por causa dessa bondade, nos amanhãs cantantes. Inevitavelmente, os paraísos da esquerda descambam sempre em modelos concentracionários, onde as pessoas são obrigadas a ser felizes ou, em alternativa, a serem internadas em asilos psiquiátricos, porque só dementes rejeitam tanta bondade e felicidade.
Nós, os de direita, sabemos que o ser humano é um selvagem que à selvajaria regressa, sempre a que civilização cede.