God Save The Queen
Pois bem, aqui vai a novidade: irei para Londres no final de setembro.
Como isso aconteceu? Bem, nao sei se todos sabem, mas esse ano o governo dos EUA fez uma loteria para conceder o visto de trabalho (H-1B) para estrangeiros qualificados. Explicando mais detalhadamente: ate esse ano, o visto era concedido apos uma analise dos documentos, do perfil do candidato e da proposta de trabalho recebida. Esse ano, no segundo dia, ja havia 130 mil aplicacoes para 65 mil vistos. Ate o ano passado, por exemplo, levava-se um mes pelo menos para o governo receber 65 mil aplicacoes. Para voces terem uma ideia do vigor e da fortaleza da economia americana, e do desejo de varios forasteiros em trabalhar aqui - trocando em miudos, a America ainda eh o eldorado de varios povos ao redor do mundo. Esse visto, o H-1B, requere que o candidato tenha no minimo graduacao, e ainda que seja patrocinado por uma empresa. Ou seja, todos os que aplicaram ja possuiam propostas firmes de emprego aqui nos EUA.
A decisao do governo de realizar uma loteria foi infeliz, na minha opiniao. Ao inves de privilegiarem a competencia dos candidatos, deram margem para que o fator sorte falasse mais alto. Concordo entretanto que, se fossem analisar a papelada de todo mundo que submeteu a aplicacao, nao conseguiriam estender os vistos em tempo habil.
Pois bem, nao consegui o visto. O meu empregador, um grande banco de investimentos, me propos que fosse trabalhar ou em sua sede em Londres, ou na Asia (Hong Kong/Cingapura). Preferi ir para Londres, nao apenas por aspectos pessoais, mas profissionais tambem.
De acordo com a ultimas noticias do Sunday Telegraph, creio que devo comprar uma mascara anti-gas e leva-la sempre na bolsa. Procurarei tambem morar perto do banco, evitando assim utilizar os servicos publicos de transporte, os alvos preferidos dos terroristas islamicos. Prevenir-se nunca eh demais para quem vai para o front. O desafio maior, no entanto, serah entender o ingles dos londrinos. Ainda nao me acostumei com o jeitao de falar com uma batata na boca.
13 comentários:
Repito: boa sorte.
E longa vida à Rainha, né? Enquanto não a substituem por um califa... hehehe
Coincid�ncia! Tenho uma conhecida indo para Londres em Agosto tamb�m. Apesar do ingl�s estranho (para mim que sempre tive mais contato com yankees) o ingl�s parece ser um povo divertido.
Estou quase desistindo dos EUA e partindo para Londres tamb�m. A Inglaterra � dos poucos pa�ses (interessantes) que possuem a modalidade de visto por qualifica�o que n�o depende de uma empresa patrocinadora. Voc� pode tirar o visto e tentar arrumar emprego depois. Al�m do mais, quero experimentar um pouquinho de Welfare State :-D
Boa sorte na travessia do Atl�ntico e n�o precisa ter tanta paran�ia. S� um pouquinho! ;-)
É o tar de destino , uai!Veio nos dados?Boa sorte para você.
Sabe, eu acho o inglês dos ingleses mais bonito que o dos americanos.Mas isso é fácil, eu não speako nadinha dessa língua.
Patrícia, já me utilizei muito do inglês original aí nos States em vários 'expedientes'. E não é que eles parecem ter uma espécie de 'respeito' maior quando falamos assim? Sempre fui uma fã da batata na boca, até estudei literatura inglesa na PUC-Rio! HAHAHAAAHAA!
Quanto aos cuidados concordo com você, mas já pensou ter de cruzar a 'faixa de gaza' carioca? Seria muito pior.
Claudio, o visto ingles sai em 10 dias uteis. Super rapido e sem burocracia. O Financial Times vive dizendo que Londres ja superou NY como capital financeira do mundo, justamente por essa dificuldade incrivel em se trabalhar nos EUA. Parece que o pessoalzinho aqui prefere legalizar os chicanos, uh uh... :-)
Vou te dar uma dica super importante!!!
Preste atenção! Em Londres, você tem que se preocupar é com os "carros-fantasmas", sim, veja bem, você vai andando distraidamente pela Harrington Road, quando olha para rua e vê um carro! Você congela e pergunta, meu Deus!!! Cadê o motorista???
Pois é, um susto assim pode matar uma pessoa de coração mais frágil...
The ice age is coming, the sun is zooming in
Engines stop running and the wheat is growing thin
A nuclear error, but I have no fear
London is drowning-and I live by the river.
É, Patrícia, você deixará de ser a mineira-novaiorquina para ser a mineira-londrina.
Como diz um sábio de Minas: Não é justo nem injusto! É apenas a vida!
Quando vc se estabelecer lá a gente marca o nosso "Chá das 5".
Patricia
Eh isso ai, roll with the punches. Experiencia na Inglaterra vai ser otima, e realmente este nao eh dos melhores tempos para depender da imigracao americana (deve melhorar depois da eleicao, independente de quem ganhar).
Muito boa sorte por la, e depois escreve contando as diferencas.
[]s
Pôxa Patrícia, estou realmente com pena de você. Trocar Nova Iorque por Londres é uma grande perda...
Acredite, em pouco tempo você vai adorar a terra da rainha, além é claro, de ter mais assuntos para o blog.
Será correspondente européia nas horas vagas.
Quem deve gostar da notícia são ao amigos de Portugal!
Sucesso!
Patrícia
Congratulações! Agora em breve teremos uma correspondente européia, o que é ótimo!.
Como boa conservadora bilionária, certamente você se deixara conquistar pelo charme e o bom gosto no vestir de Elizabeth, e se tornara adorosa defensora da monarquia!
Hehehehehehe...
Frodo, defensora da monarquia??? Hahahahahaha, duvido muito, mas em todo caso...
Não tenho o defeito da inveja, pelo contrário, fico feliz quando uma pessoa inteligente como você fica numa situação assim, digamos, confortável, de sair dos EUA para viver em Londres!
Olha, se tem terrorismo na terra da rainha, olhe pelo lado bom: não tem PCC, não tem Lula, não tem PT, não tem PMDB, não tem Roberto Requião e o número de botocudos é infinitamente menor que o daqui.
Boa sorte, seja feliz em Londres... e não deixe de postar aqui no blog!
E o sotaque inglês é charmoso!
Cara Patrícia, já que vai para Londres, faça uma escala no Porto e venha visitar-nos.
Com o seu perfil profissional, ainda lhe arranjamos emprego num banco português que a coloca a trabalhar na sua delegação de Nova Iorque.
Para mim, a América começou a sua decadência no dia em que deixou que o medo substituísse o espírito de liberdade.
Por enquanto, isso pode não se notar muito, mas são sempre decadentes as sociedades onde o primeiro valor é o medo.
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