sexta-feira, 22 de junho de 2007

Alemaes

O que os alemaes sabem fazer de melhor, alem de cerveja, bratwurst e automovel, eh musica. Numa discussao acalorada com o William, em que eu dizia que preferia as operas alemas às italianas, sem querer menosprezar as segundas, logicamente, acabei me esquecendo de citar as favoritas, as quais tive o prazer de assistir: Lohengrin, por Richard Wagner (Theatro Municipal de Sao Paulo) e Carmina Burana, por Carl Orff (Credicard Hall). O William ficou indignadissimo, pois pelo visto eh fan incondicional do Luciano Pavarotti. Eu ja nao curto tanto assim o gordinho, pois para mim, opera, como qualquer outro show, nao eh apenas um espetaculo auditivo, mas visual tambem. Nao consigo associar o Pavarotti a um mocinho apaixonado pela heroina.

Pena que ainda nao tive a chance de assistir a uma montagem de Die Walküre, ou As Valquirias. Sempre que ouco a musica principal, A Cavalgada das Valquirias, lembro da cena mais do que classica de Apocalypse Now: os helicopteros entrando em formacao pela praia, e o ataque a vila vietnamita com napalm, tudo isso ao som glorioso da musica de Richard Wagner.

Para terminar a semana, fiquem com A Cavalgada das Valquirias. Um classico em todos os sentidos.


Obs.: Shall we dance? Veja a melhor cena de filme de guerra de todos os tempos aqui. Nao acredito que desde 1979 nao fizeram nada melhor, grande Coppola. Run, charlie!

15 comentários:

Frodo Balseiro disse...

Patricia
Excelente trabalho de garimpagem! Essa cena é realmente fantastica, embora o filme todo seja deslumbrante.
Também minha bilionária conservadora favorita, com a inspiração da obra de Conrad - "Hart of Darkness" e direção do Coppolla, aí é covardia né!

patricia m. disse...

Frodo, eh um dos meus filmes favoritos, hehe. Nao canso de assisti-lo.

Anônimo disse...

:P

António Conceição disse...

Tsssc, Tsssc, Tssssc.
Espero que o Júlio Silva Cunha do "Apaniguado" não leia este post.
Wagner - creio - ainda está prioibido em Israel. Julgo que ele não o sabia, mas era nazi.
Quem perde são os israelitas.

Anônimo disse...

oi, vejam o meu fotoblog PT = MERDA


http://ptigualamerda.nafoto.net/

patricia m. disse...

Funes, pois eh, mas quem denegriu Wagner foi Hitler. A musica dele continua estupenda, de qualquer forma, hehehehehehe.

Luc disse...

Aha!!! Você gosta de Wagner!!
Entendi....rsrs
A piadinha do Woody Allen se torna engraçada pelo fato de ele ser judeu, se qualquer outra pessoa a proferisse, soaria mal.

bjs

Luc

Ps.: Você é muito bem vinda, não deixe os resmungos de uma bruxa velha incomodarem você....rsrs

patricia m. disse...

Luc, adoro o Woody Allen tambem, haha.

Blogildo disse...

Por sinal, W.Allen tem toda a isenção para fazer piada de judeu, justamente por ser judeu. Vá entender um treco desses!

Eu sou raso em música clássica. Gosto de Dom Giovanni sem saber exatamente a razão.
Entre alemães e italianos, fico com os alemães.
Mas não sou muito fã de ópera, sabe. Gosto mais das sinfonias mesmo. Ópera me entedia um pouco.

A Furiosa disse...

Também prefiro as óperas Alemãs...
Sem tirar o mérito das Italianas e das francesas, mais populares...

Nada substitui Wagner...

Outro dia fui a um restaurante onde tocava pagode. Pedi para mudar a música e o cara perguntou o que eu queroa ouvir. Respondi: Wagner...
Pois bem, o sujeito correu para dentro e colocou...Fagner!!!
Suspiro...

patricia m. disse...

Furiosa, lamentavel hahahahaha. eu nem entro em lugares que tocam esse tipo de musica, que eh para nao correr o risco de ter uma indigestao...

Fábio Mayer disse...

Wagner criou a trilha sonora definitiva para cenas cinematográficas de tempestade no mar, não acha?

O problema de Wagner é que, além de ser racista pra caramba, serviu de trilha sonora pro nazismo. Como músico, nota 10, como pessoa nem tanto...

Já Carmina Burana é espetacular, só quem já teve o prazer de ouvi-la ao vivo (eu, no Teatro Guaíra, isso há 16 anos) sabe que a experiência é marcante.

Eu gosto muito de ópera, mas não tenho preferência entre os teutônicos e os italianos.

Blogildo disse...

Sempre que eu ouço a Cavalgada das Walkírias eu lembro daqueles nazistas sendo atropelados por Jake & Elwood em "The Blues Brothers"! Rsrsrs!

Sorry! I'm a soul man!

Anônimo disse...

Olá, Patrícia M.

Também adoro óperas e música erudita. Conheço quase todas as óperas de Wagner (inclusive Die Feen, uma das suas primeiras, em estilo weberiano).

Concordo que a comparação entre óperas alemãs, francesas, italianas, ..., é mais viável com o concurso de variáveis extramusicais. Alguns tentam criar essa escala entre as obras, mas sinceramente isso me parece bem dispensável. É o caso de "julgar" Tistão e Isolda/Wagner e Otelo/Verdi. Ambas, para mim, são maravilhosas, fascinantes, cada qual no estilo bem pessoal do autor.

Lembremos que a ópera alemã inclui especialistas da lavra de um Weber, especialmente o seu Der Freischütz.

Aprecie-se, ainda, Humperdinck e sua magistral Hänsel und Gretel, bem no estilo wagneriano.

E, enfim, Richard Strauss - Ariadne auf Naxos, Elektra, Salome e Rosenkavalier (O Cavaleiro da Rosa).

Procure ouvir, também, as incursões de Carl Orff no gênero - Der Mond (A Lua) e Die Kluge (A sábia). Curiosamente, o autor as denominava "óperas de contos de fadas".

E, claro, não poderia deixar de mencionar a mui distinta ópera Fidélio, de Beethoven. A única com quatro aberturas (claro, apenas uma - a homônima - é executada antes da primeira cena; as demais -as três Leonores podem ser ouvidas como música sinfônica de primeira qualidade, em especial a terceira).

O Blogildo mencionou a música sinfônica. Acrescentaria, no meu caso, a música camerística. Você também gosta desses gêneros?

E para terminar: sobre a sua citação de Carmina Burana. Uma experiência interessante é ouvir todo a trilogia Trionfi na mesma audição, somando à primeira os Catulli Carmina e Trionfo di Afrodite (ambas curiosíssimas). Sem dúvida, Carmina Burana é a mais perfeita do ponto de vista formal e tem mais substância musical (melodia e harmonia), merecendo a sua popularidade. Mas vale a pena ouvir e aprender a apreciar as outras duas.

patricia m. disse...

Eduardo Araujo, nossa, voce deu um show. Eu nao sou expert em operas nao, alias estou longe disso. Tanto eu como o William (como o Pedro Sette, talvez um pouco a nossa frente) estamos em busca do Belo. Eh o nosso Santo Graal.

Pena que voce nao tem um link, nao gostaria de comecar um blog? Quem sabe nao aprendemos mais sobre musica com voce...