quarta-feira, 23 de março de 2011

If You Have a Gun...

... better use it, diz o ditado. No momento estou procurando por cursos de tiro em Sao Paulo ou Campinas. Se alguem souber de um legal, me diga. A ideia eh aprender a atirar, fazer o teste na Policia Federal, conseguir o porte e comprar uma... Glock, claro. A preferida dos assassinos americanos malucos. Mas a preferida do FBI tambem, for that matter.


Nao venham me dizer que eu cheguei a Botocudo Country e fiquei com medo. Quer dizer, isso eh apenas um dos motivos. Para falar a verdade apesar de o medo aqui ser maior que o medo em Londres - o medo de explodirem o metro com voce la dentro, versus o medo de te matarem para roubar o carro - sao medos diferentes. O medo em Londres eh generico, ja que voce nem o MI5 conseguem corretamente distinguir terroristas de nao-terroristas (vide Jean Charles de Menezes). O medo aqui eh mais direcionado, da pra distinguir ricos de pobres (pobres sao assaltantes, logico), caras mal encarados de caras bem encarados, e por ai vai. Sinto muitissimo dizer mas ate a cor da pele entra no jogo, as usual. Logico que sei tambem que em arrastoes no bairro dos Jardins os caras sao brancos e ate entram de terno e gravata, mas enfim... O que vale nesse caso eh a estatistica.

O segundo motivo eh que sempre gostei de arma de fogo. Meu pai tinha umas tres, guardava uma ou duas em casa e sempre andava com a outra no porta-luvas da caminhonete. Uma vez estava andando com ele, ele viu uma coisa esquisita na rua - nao era ninguem tentando assaltar a gente, talvez tentando assaltar outra pessoa? - e disse: Patricia, passa o revolver ai no porta-luvas. Nao aconteceu nada, acho que o sujeito escafedeu-se antes do meu pai pegar a arma. E uma outra vez, na fazenda do meu avo, ele deixou a gente fazer tiro ao alvo com o 38 dele. Eramos criancas, eu e meus primos. Atiramos em latinhas em cima da cerca. Lembro que levei um coice danado... Nem sei onde a bala foi parar, logico que errei o alvo.

Uma vez brinquei com meu pai que ia aprender e tirar o porte, assim como ele. Ele disse que eu nunca passaria no teste psicologico. Isso foi ha mais de 10 anos. Vamos ver como eu me saio. Eu aposto que passo. Basta piscar o olho para o policial de plantao. Tudo em Botocudo Country se resolve com uma piscadela...

5 comentários:

António Conceição disse...

Tudo no mundo se resolve com uma piscadela.
Nunca tive qualquer fascínio por armas de fogo. O meu fetiche são os explosivos, a dinamite, a gelamonite... Pum... tudo a estourar.
Uma bala entra no bucho de um tipo e o chão fica todo sujo de sangue e é preciso limpar. É tudo. Não há romantismo.
Um estouro não! Faz Bum. estremece-nos as tripas e sentimos o mundo à nossa volta a mudar.
Em tempos trabalhei com uma empresa de construção especializada na construção de estradas. Os montes eram rasgados normalmente com explosivos. Quando tinha uma reunião qualquer com eles, informava-me sempre previamente, para a fazer coincidir com as horas das explosões.
É pena que eu tenha tido uma educação demasiado burguesa e acomodada e que seja um céptico sem quaisquer convicções. Eu teria dado um grande terrorista.
PUM!

Vinicius disse...

Be careful. Neither the First Amendment nor the Second Amendment applies to BANANIA.

patricia m. disse...

Funes, hmmmm explosoes... So via pela televisao quando eles implodiam predios, eh bonito de se ver, mas sei la. Pega um terrorista por exemplo: nao ha paixao no negocio, quando se mata `as duzias. Prefiro sempre o combate homem a homem, porque ai sim, ha paixao. O inimigo vira quase um amante. Por isso os duelos de antanho eram tao bonitos: eram brigas de amantes...

patricia m. disse...

Vinicius, aqui tambem a gente que tem dinheiro e escolaridade se livra facilmente da prisao, coisa que nao eh valida de jeito nenhum nos Estados Unidos. Logo, a lei sempre estara' do meu lado. Isso eu tenho certeza.

patricia m. disse...

Moreover, eu nao vou ser louca, vou tirar o porte de arma, logo poderei andar armada. Isso eh possivel aqui. A questao eh, se eu acertar algum dia um infeliz (God forbid), eu nao vou para a cadeia nem vou a julgamento.