Eu disse que pombo não presta, eu odeio pombo, pombo não tem serventia nenhuma a não ser transmitir piolho, doenças e cagar na cabeça das pessoas e não me venham falar sobre pombos da Primeira Guerra que cruzavam fogo de artilharia e levavam mensagens de um lado a outro e bobagens desse tipo porque graças a Deus já temos telegráfo, telefone, satélites de comunicação e dentro em breve telepatia.
Já se falou aqui sobre a pandemia de gripe, a qual está atrasada e deveria matar milhões. Será que é essa, será? Aguardamos aqui com uma certa ansiedade, com o nosso Tamiflu de reserva na gaveta da mesinha de cabeceira, lógico - queremos ver o Apocalipse mas inteiros, senão perdemos a festança logo no início.
Afinal de contas, a natureza sempre responde. Eu tenho certeza de que o número de humanos está chegando a um limite...
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Reinaldo Azevedo, o justo, dessa vez pisou na bola. Ou vem pisando, só porque é fumante inveterado. Resolveu publicar um post sobre a discriminação que sofrem gordos e balofos - FAAAAT, REAL FAT PEOPLE, OBEEEEESE - em certas companhias aéreas. Gostei da sugestão de um leitor: já que o dito RA é pelo livre mercado, que tal o BALOFO GORDO doentio procurar uma outra companhia aérea que não lhe cobre dois assentos por vôo? Ou quem sabe um magro companheiro de vôo que não se importe de levar as banhas dele por cima?
Olha, vou dizer uma coisa, eu tenho verdadeira ojeriza de gordos. E, como disse outro leitor, só é gordo quem quer MESMO. Eu aqui estou provando essa tese: resolvi entrar na aula de spin e comer salada e estou perdendo peso. Por que os GORDOS BALOFOS NOJENTOS não fazem o mesmo?
P.S.: a raiva toda é que ontem uma gorda balofa nojenta me esmagou em um assento de ônibus. Eu muito dignamente troquei de lugar, não sem antes claro fazer uma cara de ultrajada. Acho que o saco de banha/depósito de gorduras e outras porcarias nem notou.
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O "all the idiots" no título acima era somente para rimar, sei lá. Não tenho nada a falar a respeito do "all the idiots". O mundo, ou o vírus da gripe, dará conta deles, tenho certeza.
Eu não teria nada contra as maratonas que ocorrem nas diversas cidades do mundo se fossem apenas uma oportunidade para que talentos fossem revelados, e esportistas consagrados mostrassem suas habilidades ao público de forma a conseguir patrocínio.
Em qualquer outro esporte é assim que funciona. Menos nas maratonas. Há sempre o bando de palhaços querendo aparecer, vestidos com fantasias as mais bizarras possíveis. Há sempre aqueles no trabalho que dizem que estão treinando há um ano já e que a maratona significa para eles a superação de obstáculos.
São todos idiotas, mas há ainda os mais idiotas, os detestáveis. São aqueles que dizem que estão correndo por uma causa nobre. Recebi outro dia vários e-mails de uma colega de classe dizendo que estava correndo pela causa do Armstrong, e que estava aceitando todo tipo de donativos. Eu não fui a única a receber esse tipo de e-mail, o Barba por exemplo recebeu dois do mesmo tipo, de outras pessoas.
Essas pessoas são detestáveis porque querem te fazer culpado. "Olha eu aqui correndo", dizem, orgulhosas. "Eu contribuo para uma causa justa! Eu quero trazer dinheiro para (ponha aqui a causa de sua preferência)!".
Bom, como já dizia o velho mestre, que a mão direita não saiba o que faz a mão esquerda. Se quer contribuir, vá lá, corra em paz, mas não fique alardeando ao mundo a sua boa vontade para com os outros, os seus donativos, as suas causas justas, o que quer que seja.
Senão, como outro velho mestre já dizia: vaidade das vaidades, tudo é vaidade...
A Inglaterra não tem o dia pátrio. Não tem dia de independência, como o 4 de julho ou o 7 de setembro. Não tem dia de proclamação da república (15 de novembro), não tem dia de libertação da ditadura (25 de abril aqui do lado), não tem dia de St Patrick (17 de março), dia de Unificação da Alemanha (ou queda do comunismo), nada, nada.
Nada! Mas há uma grande corrente hoje em dia querendo instituir o dia 23 de abril como o dia da pátria, o dia da Inglaterra, pois 23 de abril é dia de St George, o matador de dragões, o patrono da Inglaterra. St George, valei-nos, extermine todos os infiéis que infestam essa ilha, a começar pelos comunistas do Labor.
Pois pois, não sei se leram sobre o orçamento para o ano aqui na Inglaterra. Ao contrário do Brasil, onde sabemos que o orçamento não passa de uma grande piada nacional, pois em geral ultrapassa e em muito a capacidade de gastança do país, aqui na terra da rainha o orçamento é uma coisa séria. Os trading floors de todos os bancos da City param para escutar a seção.
Séria e trágica esse ano. O maldito Labor acabou com o país. Estamos na lona. A libra é (quase) uma moeda de terceiro mundo agora. Perdemos a compostura. Oh meu Deus, penso eu, por que eu fujo de um país maldito e caio em outro, onde é que está o Nirvana econômico nessa terra...
Pois bem, os queridos incompetentes que governam essa ilha aumentaram o imposto de renda, esse é o ponto mais importante. "Ora, mas você ainda não está na faixa que será taxada a 50%!", me dizem. "Vocês são cegos ou o quê? Eu posso não ser taxada agora, mas eu (e vocês) vou sofrer as consequências! Os negócios vão sair daqui, os fundos de investimento se mandarão para Zurich (ou Hong Kong for that matter), isso aqui vai virar terra arrasada! Estamos perdidos!"
E ainda tem mané dizendo: bem feito, acabem com os banqueiros. Em terra de cego, quem tem um olho é rei. Está na hora de sair daqui.
P.S.: amigo meu disse que confia nos ingleses, já que a Pérfida Albion sempre conseguiu escapar praticamente ilesa de todas as crises do passado. Não estou tão confiante.
Mito #1: As máquinas de lavar roupa americanas acabam com as roupas.
Verdade: as suas roupas é que são ruins. Uma camiseta de algodão nos Estados Unidos é infinitamente superior a uma camiseta de algodão no Brasil. As roupas não encolhem na máquina porque já são pre-encolhidas. Ahhhhh...
* ainda não testei a qualidade das roupas inglesas, não tenho camiseta de algodão comprada aqui.
Se tudo estava escrito (Maktub!) e uma pessoa não tem escolhas a fazer na vida, então não há julgamentos, pois só estávamos cumprindo papéis estúpidos ditados a nós por algo superior.
Trabalhei, malhei, bebi meu vinho, comi meu queijo, vou dormir. Que amanhã o ciclo se repete. Igualzinho. Talvez coloque o malhei antes do trabalhei e cerveja no lugar de vinho. Mas as variações são insignificantes.
Ou "a ordem dos fatores não altera o total". Para ficar na matemática metafísica do Funes.
Pelo visto nuestros hermanos paraguayos são muito mais calientes que los brasileños, heim chico! O Bispo lá manda ver que é bonito, ói só toda a filharada dele! Parece que está seguindo à risca o ditado de Deus Pai, "crescei-vos e multiplicai-vos". Coisa de doido mesmo, e eu a pensar que Renan Calheiros valia toda aquela fama nordestina, eu heim, estou por fora mesmo.
Estou esperando uma reação do Vaticano - ou, se não do Vaticano, da autoridade máxima católica paraguaya. Ex-bispo Lugo tem que ser excomungado e já. Cadê a excomunhão? Cadê o nosso orgulho de católico? Então é assim é, o garanhão se safa numa buena?
Olha, pelo menos, o nosso Jumento Ambulante, se tem amante - que ninguém é de ferro, aquela mulé dele só com saco de papel na cabeça, se bobear no corpo todo - é discretíssimo. Se bem que... com toda aquela pinga... nem Viagra salva!
Enquanto no Brasil parlamentar usa dinheiro público para mandar a mulher ao exterior, aqui na Inglaterra marido de ministra usa dinheiro público para comprar filme pornô.
Qual é o pior? Vote.
Depois dizem que brasileiro é que é tarado... Tem cada coisa de cair o queixo aqui nas Oropa, principalmente lá no leste, o pessoal não tem o menor pudor. Conto depois. Mas basta citar sauna russa para vocês começarem a fazer uma idéia.
Tenho andado sem tempo. Não porque esteja trabalhando demais, que isso fique claro. De qualquer forma, ainda posso comemorar o fato de que *ainda* estou trabalhando - perdi a conta de quantos conhecidos e amigos já perderam o emprego. Como disse outro dia um contato meu em outro banco, "apenas pelo fato de você ainda estar empregada já deduzo que você é melhor que o resto". Isso não é uma verdade, mas já que o mercado vê assim...
De resto, não há muito o que dizer. Reunião da ONU sobre racismo com Ahmadinejad no microfone é palhaçada mesmo. No Brasil só se fala de abuso de passagem aérea por deputado, quando eu acho que isso na verdade é café pequeno como se diz lá em Minas. A crise econômica continua firme e forte, levando todo mundo para o buraco. Minha opinião é de que ainda não atingimos o fundo do poço, aguardem mais desastres por aí.
Vamos a coisas mais agradáveis. Londres nessa época do ano definitivamente é uma cidade agradável. Eu sempre digo ao pessoal, venha no início da primavera ou no início do outono, são as melhores épocas. Faz sol lá fora, mas não faz calor. Agradável mesmo, que essa coisa de sentir calor é muito chato, coisa de suburbano, terceiro mundo, sei lá.
Então hoje resolvi ir a pé ao banco. Fui de terno e tênis esportivo, como todo dia, e de mochila às costas levando a roupa de ginástica para suar na academia mais a tarde, depois do trabalho. Levei agradáveis 45 minutos na trajetória. Atravessei o Tâmisa pela Tower Bridge. Muitas e muitas pessoas caminhando, indo de bicicleta, o sol refletindo na água do rio, a torre do castelo onde morreu Ana Bolena, a London Bridge à esquerda, eu cantando interiormente uma música do The Kinks sobre Waterloo Sunset apesar de ser sunrise e não sunset, e Waterloo Bridge fica ainda mais para o oeste.
Londres realmente está agradabilíssima. Tenho certeza de que minha percepção sobre a cidade não se deve apenas à primavera. As endorfinas é que estão fazendo hora extra desde que comecei meu programinha de ginástica...
Fiz meu horóscopo chinês há pouco. Tive de virar metade da internet para descobrir a longitude da minha cidade natal, e se no ano do meu nascimento havia ou não horário de verão. Que coisa, descobri que sou um dragão de fogo, logo agora!
Isso quer dizer que passei metade da vida acreditando que era um boi, pode???
Essa é a Inglaterra sob o Labor, a laughing stock among developed nations. Para vocês aí de baixo, basta trocar o nome do país, e também trocar o cargo: de prime minister para president.
Não podia deixar de reproduzir o comentário de um sujeito no YouTube, porque é exatamente igual ao meu:
"Gordon Brown, the unelected, cuckoo, runt of a prime minister, who could only get his sweaty buttocks on the chair at No.10 by way of a grubby little deal at a restaurant with Blair. Come and face the wrath of the British electorate for the first time, you loathesome little man, and you can stick your New World Order up your arse while you're at it, fatso."
Watch it, vale a pena:
É muito fácil como se faz por aí alegar liberdades individuais para ser contra a lei anti-fumo. Ou outras bobagens, tais como o fato de que Hitler prezava pela saúde e era contra o fumo.
Vou deixar claro: eu realmente não ligo a mínima se o sujeito quer fumar 500 maços de cigarros por dia, não quero lhe ditar como viver a vida saudavelmente, não lamento se ele morre ou não de câncer de pulmão e mais ainda, feliz pagarei a conta do hospital via meus impostos.
Com isso em mente, eu me importo e muito se o tal sujeito acima expele baforadas de fumaça na mesa ao lado da minha, ou perto de mim, ou na minha cara. Eu não gosto de fumaça, nem daquelas que saem pelo cano de exaustão de ônibus e caminhões e nem daquela que sai da garganta de fumantes. Eu tenho problemas físicos com isso: meu nariz se fecha imediatamente e sou obrigada a respirar pela boca. De qualquer forma esse ainda não é o motivo pelo qual eu sou a favor da lei anti-fumo em locais fechados.
Em primeiro lugar eu queria que as mesmas pessoas que são a favor não explicam porque não deveríamos também voltar a permitir o fumo em aeronaves e escritórios, pois não. Se é para permitir, que se permita em todos os lugares, inclusive no local de trabalho. Não seria uma discriminação total ter de fazer o pobre fumante descer de elevador do escritório até a rua para fumar? Pobre coitado...
Eu quero analisar a lei anti-fumo sob a ótica da Game Theory. Vamos considerar dois bares situados na mesma rua. Vamos considerar ainda que a população se divida ao meio entre fumantes e não fumantes. O dono de um dos bares (bar 1) não fuma e até preferiria que os clientes não fumassem. Mas há o outro bar ali do lado (bar 2), digamos em pé de igualdade com o dele e cujo dono fuma e/ou não liga a mínima para ambientes esfumaçados. Qual a reação deste primeiro dono de bar?
Se ele não permite o fumo e o outro permite, mais pessoas frequentarão o bar 2. Não precisa de muito cálculo para isso, já que a metade fumante preferirá o segundo e ainda alguns não fumantes irão para lá porque são casados com fumantes, porque são amigos de fumantes, etc etc etc. O dono do bar 1 irá perder dinheiro e terá de forçosamente sair do negócio de bares. É óbvio que há duas situações de equilíbrio nesse caso: ambos permitem o fumo, ou ambos não o permitem.
Já dá para sacar a conclusão? De novo caímos na situação de Prisoner's Dilemma: como seria muito arriscado um dono de bar confiar no outro para que ambos banissem o fumo de seus estabelecimentos (não levando em consideração a situação mais abrangente, i.e., a rua de trás, o bairro, o distrito, a cidade), logo ambos o permitem. Assim foi e assim sempre será, porque não é uma questão de liberdades individuais mas sim uma questão econômica!
Logo, não me importa qual roupagem o governo usa para explicar a imposição da lei - se está cuidando da nossa saúde, se vai diminuir os gastos com hospitais ou o que seja - o que importa é o significado prático disso.
É claro que charutarias ou casas de fumo deveriam ser isentas dessa lei, uma vez que a pessoa frequentaria o local apenas para fumar e interagir socialmente com outros fumantes.
E para quem fuma e não quer sair lá fora para respeitar o direito dos outros de ter um ar "puro" dentro de um bar ou restaurante, aqui vai a dica: comecem a comprar essa coisinha aqui. Tão mais prático, tão mais eficiente...
Na verdade o caso em si eh triste: o tal pos-graduando em matematica de origem brasileira que morreu no estado de Nova Iorque, vitima do furor de um vietnamita desiludido com a vida.
O capitao americano foi resgatado e os piratas foram mortos! Viva!!!
os muculmanos, agora os irlandeses resolvem atacar novamente.
A discussão é antiga, mas só agora chegou ao Brasil - como sempre, as coisas sempre chegam mais tardiamente às terras ao sul do Equador. É totalitarismo ou não proibir o fumo em ambientes comerciais?
No momento Nivaldo Cordeiro quase chega a comparar José Serra a Hitler. Fico aqui rindo, os conservadores tupiniquins são infinitamente mais exagerados que os europeus. Ou talvez seja devido ao fato de que os europeus tenham sabido bem quem foi Hitler, e portanto não ficam confundindo alhos com bugalhos... Ou fazendo acusações levianas.
Em teoria - e vale frisar bem a palavra teoria - eu sou contra a lei. Porque em teoria as pessoas sabem conviver civilizada e pacificamente umas com as outras e portanto nem precisariam de lei nenhuma a guiá-las. Em teoria, nem precisaríamos de governos, e eu vou usar a ocasião para citar Madison pela segunda vez nesse blog: "If men were angels, no government would be necessary".
A questão é que não somos anjos. O Insurgente há um tempo atrás reclamava da mesma lei anti-fumo. Diziam eles, os restaurantes e bares e estabelecimentos comerciais deveriam ser livres para aceitar apenas pessoas não fumantes, proibindo a entrada de fumantes, e as pessoas não fumantes deveriam ser livres para não frequentar ambientes carregados de fumaça.
Lindo, na teoria. Acontece que a realidade sempre foi outra. Os estabelecimentos comerciais em sua imensa maioria sempre aceitaram ambos, e se os não fumantes quisessem frequentar ambientes livres da incômoda fumaça praticamente teriam de ficar restritos à própria casa.
Portanto, eu sou totalmente favorável à lei. Todos os argumentos que os fumantes e os não intervencionistas usam para criticar esse tipo de lei caem por terra com a simples observação do mundo. É tudo muito lindo na torre de marfim, lá de dentro da biblioteca bolorenta. O mundo real é muito mais complexo do que simplesmente dizer "o incomodado que se retire".
Vocês leram sobre essa questão do Speedy? Aparentemente a Telefonica está sofrendo ataques externos - o que quer que isso signifique, não é explicado em artigo nenhum, mas pode variar desde ataques de alienígenas marcianos até mesmo a ataques de hackers romenos, vá lá saber. Os ataques estão interferindo na qualidade do serviço de banda larga prestado - aliás, estão na verdade interrompendo a prestação do serviço.
Se eu fosse consumidora do Speedy, a minha reação natural seria: e o quico? e o quico? (para os portugas, "e o quico" significa dizer de forma enxuta "e o que é que eu tenho a ver com isso").
Afinal, se há um contrato de prestação de serviço entre consumidor e o prestador do dito serviço, pressupõe-se que o consumidor só pagará se receber o tal serviço. Em não recebendo-o, não deverá pagar, qualquer que seja o motivo na interrupção do mesmo. Advogados frequentadores desse blog, faz sentido o que eu disse?
Só sei o seguinte: aqui em Londres, a cada dia que não tenho internet, ligo lá na prestadora e digo que não vou pagar. No final do mês chega a conta com os dias descontados. Ainda bem que isso não ocorre muito frequentemente. Acho que os hackers romenos ou os atacantes alienígenas preferem mesmo atacar o Brasil...
... é perigoso. Você pode até achar graça, achar inocente, sei lá. Mas um dia eles estarão com a faca no seu pescoço te dizendo o que fazer, como fazer, quando fazer. Pessoal totalitário, esse.
O primeiro feriado do ano, finalmente! Ai como é dura a vida aqui na Inglaterra, quase não há feriados nessa terra miserenta. E vem com tudo, sexta-feira e segunda. Até hoje não entendi porque temos a segunda-feira de Páscoa, mas enfim, não estou reclamando não.
Fiquei sabendo que hoje foi o Dia Mundial da Guerra de Travesseiros.
Pessoas que participam desse tipo de evento deveriam ser esterilizadas. Afinal, deixar que retardados mentais procriem é um retrocesso para o mundo civilizado.
Eu ia escrever sobre a Coreia, mas aí não sabia se escrevia Coréia ou Coreia. No meu Português esquecido deveria ser Coréia. Entro no Google para procurar, e me vêm com Coreia, sem acento. Por quê? Se não é centopéia? Se não é geléia? Ehhhh, se não tem acento, então se pronuncia como "feia", Coreia, feia, Coreia, feia, Coreia feia, Coreia feia...
Eu não entendo ainda porque o mundo morre de medo da Coréia do Norte. Um país pobre como o diabo, cujos habitantes dependem de ajuda externa para se manter de pé. Ahhhh alguém aí vai dizer, eles têm um exército gigante. Ok, como se exércitos hoje em dia ganhassem qualquer guerra... Ahhhh eles lançaram um foguetinho (mal e mal) hoje no mar do Japão e podem lançar um que ainda vai atingir a casa da Sarah Palin lá no Alaska e de quebra matar uns ursos polares também. (Os ambientalistas entre vocês ficarão verdes de raiva, enquanto os democratas azuis de alegria).
O ponto é o seguinte: qualquer caça americano seria perfeitamente capaz de jogar umas duas ou três bombas em cima das centrais de desenvolvimento nuclear coreano, sem matar muita gente. A Coréia do Norte não tem caças. E lançamento de mísseis a distância então? Os americanos podem lançar de navio no Mar do Japão.
Ahhhh vai haver comoção mundial... Vai mesmo?? Who gives a shit to North Korea? Afinal de contas, é só destruir as centrais nucleares de um país claramente agressivo. De mais a mais, se há Inteligência nesse mundo (aquela, com I maiúsculo), há como provocar um conflito mais ou menos no mesmo momento (na Palestina seria uma boa), e mandar bala nos coreanos do norte. Ninguém nem ia prestar atenção...
Alguém pode me informar um bom website que diga afinal de contas o que ficou decidido na reunião do G-20? Ou será que é o mesmo palavrório vazio de sempre, um diz uma bobagem aqui, outro diz uma bobagem lá, e o cidadão otário paga as contas (como sempre patão!)? Eu não quero nem saber quanto foi a brincadeirinha de ter de pagar toda essa mobilização policial para conter os retardados mentais que vieram "protestar". Veio do meu salário, veio dos meus impostos pagos para sua majestade.
Falando em sua majestade, vocês viram essa? Acho que Berlusconi é o mais engraçado presidente do mundo, ele é dez vezes mais palhaço que o Mulla. Suas tiradas são ótimas, eu por exemplo adorei aquela do bronzeado de Bobama. Bem bem mais sutil do que o racismo explícito de Mulla. Por sinal, será que a patroa do Mulla pinta os cabelos, acho que ela é responsável pela crise também, heim.
Mas, a sério, fico aqui imaginando a cena, Berlusconi com jeito de Don Corleone diz, com aquele sotaque fortíssimo italiano:
- Misterrrrr Obama!
(esse "R" italiano é como o do paulistano, bem pronunciado, com a língua tremelicando no céu da boca)
E aí Bobama, que não é bobo nem nada (?!?), responde de volta, como se estivessem no colegial:
- Mister Berlusconi!
Como não podia deixar de ser, sua majestade não entende patavina, brincadeira de adolescentes vinte anos mais novos. E a galera do fundão se mata de dar risada...
Olha, vou dizer uma coisa para vocês: a gente paga imposto para poder rir dos palhaços de plantão, todos eles. Como dizia Martaxa, nossa querida loura branca de olhos azuis, RELAXA E GOZA. Mané!
Saphou me pede para contar como foi o dia hoje. Digo: nada demais, a nao ser pelo fato de que quase todo mundo estava de calca jeans no banco. Alias, torco por protestos todos os dias, para que possa ir de calca jeans ao banco. Tao melhor, se nao falo com cliente por que nao usar calca jeans? Ja foi a epoca em que banco tinha que mostrar respeitabilidade. Respeito, que respeito?
O trajeto ate o banco foi feito em menos tempo que o de costume, pois havia menos trafego. Cheguei um pouco antes das 8 e nao vi ninguem nas ruas, a nao ser um ou outro banker de calca jeans indo ao trabalho. La pelas 11 da manha corremos às janelas para ver os manifestantes passando na avenida em frente, se dirigindo ao local de concentracao em frente ao Bank of England.
Ao meio dia e pouco sai para comprar o almoco. Eu e 3 colegas fomos e voltamos em paz. Nao vimos nada demais, apenas pessoas caminhando pelas ruas. De jeans. Acho que todos eram nossos colegas bankers, de jeans, pegando o almoco de sempre, na sacolinha de papel, para comer em frente ao computador, na mesa do banco.
À tarde seguimos um pouco do noticiario pelas televisoes que ficam sempre la, no trading floor. Somente prestamos atencao aos televisores em caso de eventos esportivos e coisas atipicas como essa. Parece que uma hora la a multidao conseguiu romper o cordao policial e quebrar vidracas do RBS, e atirar moveis de escritorio para fora. Nada demais.
Sai la pelas 6, e o unico inconveniente eh que meu onibus nao estava fazendo a parada nem no meu ponto habitual, e nem nas redondezas. A avenida estava fechada porque uns idiotas estavam acampando, reclamando sobre o clima e o mercado de creditos de carbono. Isso me irritou de certa forma. Eles me obrigaram a pegar o metro para voltar para casa.
Amanha vai ser a mesma coisa, com excecao de que na ida o meu onibus vai parar somente no ponto final e eu terei de caminhar. Nada demais como viram. Nada de batalhas campais, nada de corpos estirados no asfalto, nada de pancadaria.
Fiquei meio decepcionada. Com certeza uma final de campeonato com o Corinthians ganhando eh mais excitante. A Paulista fica que eh uma loucura, todas as vidracas de lojas quebradas, mercadorias roubadas, postos de gasolina destruidos...
Com o Corinthians perdendo entao na final, deve ser a gloria. Nunca vi. Se eles destroem tudo quando ganham, imagina quando perdem. Acho que esses europeus deveriam fazer um estagio no Brasil...
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