Yellow Butterflies
Eu acho que essa é uma superstição só minha. Ou vai ver que existe de verdade no interior do Brasil onde nasci e fui criada, lá nas gerais.
Tenho visto brabuletas amarelas todos os finais de semana desde o início do verão. Eu gosto das bichinhas, e elas gostam de mim. Ver borboletas amarelas é sinal de sorte. Eu via muitas e muitas dessas na fazenda quando era criança...
Bons tempos, os de criança. Lembro das borboletas amarelas, do caminho prateado salpicado de mica, da lagoa, do bosquinho mágico, dos vaga-lumes...
Elas vêm ao meu backyard, todos os finais de semana. Ficam lá, borboleteando. Desde que elas surgiram, tenho notado melhoras significativas. A economia mundial vai melhor. Eu mudei de emprego. Tem feito mais sol em Londres.
Tudo devido às amarelinhas. Salve salve.
2 comentários:
Pode ser coincidência, claro! Mas vai que a tal relação realmente exista!
Eu sou do interior da cidade de São Paulo, ali quase do Centro, e passei toda minha vida aqui, mas também sei desse segredo da borboleta amarela.
Acontece que há muito tempo não vejo borboletas amarelas aqui em casa. Porém minha sorte nunca diminuiu, e eu sei o motivo: anos atrás fui conhecer o parque nacional de Itatiaia, na época em que ainda não tinha sido aparelhado pelo PT e portanto os funcionários realmente trabalhavam e cuidavam do lugar, e ali, na trilha para uma cachoeira qualquer, encontramos o caminho afunilado bloqueado por um mar de borboletas amarelas pousadas no chão, talvez recém-nascidas, talvez uma orgia. A brabuletaiada a mim oferecia dois impedimentos: primeiro, não desejava cometer um genocídio, pisoteando dúzias de borboletas a cada passo. Segundo, não desejava isso tanto pela preservação da vidinha das brabuletas como porque eu não pisoteio insetos em geral para não ‘melecar’ meus sapatos. Então abri caminho valorosamente arrastando o pé lentamente junto ao chão, empurrando de leve aquela massa amarela como um caminhão removedor de neve ou coisa assim. Má idéia. No meio do caminho, além de haver uma ou outra pedra, as borboletas decidiram alçar vôo e foi um salve-se quem puder para impedir que elas penetrassem dentro de nós por todos os orifícios corporais reais, possíveis e até imaginários. Ninguém é mais caipira dentro do mato do que um sujeito da cidade.
De qualquer forma, ali ocorreu um encontro com borboletas amarelas o suficiente para dar sorte a uma vida inteira; foi como encontrar o pote de ouro no fim do arco-íris, não é que eu vi várias borboletas amarelas, mas sim que eu entrei no Éden das borboletas amarelas, e fui abençoado com seu pozinho de pirilimpimpim, no olho, no nariz, na orelha, etc.
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