segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Arabian Nights

Funes diz que devemos ao Islam os contos das Mil e Uma Noites. Funes não poderia estar mais enganado. Como nos diz a mais-do-que-sabia Wikipedia:

The original concept is most likely derived from a pre-Islamic Persian prototype that probably relied partly on Indian elements, but the work as we have it was collected over many centuries by various authors, translators and scholars across the Middle East and North Africa.

A Persia pre-islamica! Com certeza nao me lembro de Scheherazade nas gravuras do livro usando uma burqa, haha.

The tales vary widely: they include historical tales, love stories, tragedies, comedies, poems, burlesques and various forms of erotica.

E para acabar de vez com o deleite funistico:

As melhores estorias - Sinbad o Marujo, Ali Baba e os 40 Ladroes e A Lampada de Aladdin - apesar de serem contos do Oriente Medio, nao estavam incluidos na versao arabe e foram inteligentemente incluidos na versao que conhecemos por tradutores europeus!!..

2 comentários:

António Conceição disse...

Exercício complicado este de buscar as origens. Se se quiser, história de Simbad não é outra senão a história de Ulisses. Não é isso que é importante. Importante é que foram os árabes quem nos deu esse legado. Como nos legou a memória de Aristóteles que não existiria sem eles. Como nos apresentou o conceito de zero que os indianos inventaram e que é, seguramente, a maior invenção da História da Humanidade.
Uma coisa é certa: nem sempre a civilização árabe foi a civilização falhada, frustrada e fanática que é hoje. Eles conheceram a civilização e a cultura, quando os europeus eram ainda os bárbaros que saíram da queda do Império Romano. Depois degeneraram e tornaram-se nessa abjecção que são hoje.
Talvez a História pudesse ter sido de outra maneira.

patricia m. disse...

Pois, se a Europa passou pelo declinio logo apos a queda do Imperio Romano, os arabes vivem o seu declinio atualmente... Quem sabem conseguem sair dessa dentro dos proximos 800 anos...