terça-feira, 17 de março de 2009

A Tar da Porpança

Eu estava agora mesmo lendo um artigo do RA sobre a mudança nas regras da poupança. Por que não, se a poupança como está significa uma enorme distorção no mercado, por ter rendimento "garantido"?

RA é contra, mas deveria ser a favor. Garantir 6% ao ano não é coisa de capitalistas favoráveis ao mercado livre... Atrelar à Selic também não é. Mas ter uma taxa flutuante (Selic) condizente com a captação de dinheiro pelo banco (CDI) é mais alinhada ao mercado do que ter uma taxa fixa instituída por algum imbecil com uma canetada em algum ponto da história econômica do país.

Há que se entender mais sobre a poupança antes de sair falando por aí. Eu estou tentando pesquisar sobre isso, mas fato é que os recursos aplicados na poupança são obrigatoriamente repassados para o crédito imobiliário. Como isso será afetado? Alguém fez alguma análise? Se a poupança perde recursos, o crédito imobiliário (especialmente para a baixa renda) também sai perdendo.

O fato é: o sistema financeiro brasileiro é infinitamente mais complicado que o dos outros países. Há uma série de subsídios aqui - tanto para a poupança, quanto para o crédito imobiliário, rural, e por aí vai a conta sem fim de beneficiados - que amarra todo o sistema. Mexer em uma dessas pontas significa mexer no resto. Não vi ninguém comentando sobre isso.

Minha opinião é: deixem o livre mercado atuar em todas as pontas, acabem com todos os subsídios.

3 comentários:

Daniel F. Silva disse...

Uma pra descontrair...

Está nos jornais de hoje: Lula confirma que vai mexer na poupança.

Será que ele vai botar silicone? Fosse ele, eu não faria isso, pois a poupança do Lula já é grande o suficiente.

patricia m. disse...

Olha essa:

"O CMN, por intermédio da Resolução nº 3.347, de 08 fev. 2006, regulou o direcionamento dos recursos captados em depósitos de poupança. Os recursos serão aplicados, de acordo com os seguintes percentuais: I) 65%, no mínimo, em operações de financiamento imobiliário, sendo: a) 80%, no mínimo, do percentual acima em operações de financiamento habitacional no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH); b) o restante em operações de financiamento imobiliário contratadas a taxas de mercado; II) 20% em encaixe obrigatório no Banco Central do Brasil; III) recursos remanescentes em disponibilidades financeiras e em outras operações admitidas nos termos da legislação e da regulamentação em vigor."

Vai tirar a TR da poupança e botar a SELIC? Vai ter que fazer o mesmo para o credito imobiliario, hahaha...

Blogildo disse...

Na dúvida eu sigo a máxima: O livre mercado sempre tem a melhor solução em questões de economia.