domingo, 15 de março de 2009

The Best And Worst...II

Ontem fomos tomar brunch com uns amigos lá no Soho. Saindo de lá, o Barba Ruiva resolveu olhar caneta-tinteiro em uma loja (Penfriend) na Old Bond Street. Uma decepção total. Não se compara à melhor loja de canetas-tinteiro do mundo, a Fountain Pen Hospital, em Manhattan. O negócio é comprar pela internet.

Um parênteses: para vocês no Brasil o negócio é comprar na Ravil, no centro de São Paulo. O Seu Sebastião sabe de tudo e tem contato direto com a Fountain Pen Hospital. Nós ligávamos para ele direto de Beagá e ele mandava canetas pelo correio. Uma coisa, ele consegue qualquer modelo de caneta no mundo! Fim do parênteses...

A Old Bond Street é como a 5th Avenue, só há lojas de marca. Saindo da Penfriend, o Barba resolve entrar na Cartier para namorar pela enésima vez a Santos. O sonho de consumo dele é comprar o relógio Santos e a caneta Santos. Para quem não sabe, o Cartier foi o inventor do relógio de pulso. Santos Dummont era amigo do Cartier e precisava de algo mais prático para consultar as horas do que aquele relógio tradicional, de bolso, enquanto pilotava seus dirigíveis. Logo, esse relógio foi batizado de Santos.

Eu não quis entrar na Cartier. Fiquei na rua observando as pessoas. Já que não vou comprar nada, ganho mais assistindo as pessoas na rua do que dentro de uma loja para ricaços. Vejo a demarcação com tinta branca para o estacionamento de carros. "Engraçado, hoje é sábado, todo mundo na rua, dia bonito, e só um carro parado. Onde está o parquímetro?"

Olho para todos os lados e não vejo parquímetro nenhum. "Não pode, tem que haver um método de pagamento, estacionamento no centro de Londres não pode ser gratuito. De mais a mais, a rua estaria cheia de carros se assim fosse". Vejo uma placa na frente do carro, vou lá ver o que está escrito. Não, não acreditei no que estava escrito.

E aí vem um BMW e para atrás do carro que lá estava. O senhor do BMW vai para a frente da placa, tira seu celular do bolso, liga para o número lá escrito, depois pachorrentamente tira a carteira do bolso, levanta ligeiramente o cartão de crédito, digita o número e pronto, pagou as 4 libras por 1 hora de estacionamento.

E eu fiquei abismada! Ele pagou! Ele pagou! Quem vai checar se ele pagou ou não? Há fiscais? Se há fiscais eles têm que andar com um mini computador para checar a central, ou então com um celular. Não, seria muito absurdo fiscais terem mini computadores. E celular, bem, imagina só ligar a cada carro estacionado na rua para checar se ele pagou ou não o estacionamento. Meio awkward. Então, pensando depois nas hipóteses...

Acho que vou ter que voltar naquela rua para verificar se há câmeras. Só pode ser via câmera!!! Ou alguém confia que pagariam a conta do estacionamento assim, na melhor, sem ninguém checar nada...? Pagariam?

2 comentários:

Blogildo disse...

Certamente há câmeras. Afinal, aí é o país do Big Brother!

Frodo Balseiro disse...

Patrícia, realmente a Ravil é dez!
Eles tem inclusive uma filial numa galeria na Rua Augusta, mais ou menos entre a Al. Jaú e Al. Santos.
Falando em Santos, você leu a coluna do Diogo mainardi na Veja da semana? Está muito engraçada, entre outras coisas afirma que o brasileiro é tão competente que conseguiu "inventar" o avião, três anos depois de o mesmo terem sido postos para voar pelos irmãos Wrigth...
Agora, o relógio de pulso, parece que foi ele mesmo que inventou...