quinta-feira, 24 de julho de 2008

Venice

Pois é, eu já fui a Veneza e gostei muito. Lindíssima. Até havia escrito aqui que não pisaria na Praça de São Marcos por causa dos pombos, mas claro que não resisti, com muito medo deles avancei bravamente e tirei várias fotos da catedral. Lógico que não fiquei plantada ali dando sopa, ne.

Adoraria que as capitais do Brasil tomassem a mesma medida que Veneza. A nossa vida seria tão mais tranquila.

Ainda me lembro a raiva que eu sentia ao sair de carro à noite em Belo Horizonte - ainda não havia valet parking naquela época, isso era coisa só de São Paulo - e aqueles marmanjos virem te pedir dinheiro *adiantado* para "cuidar" do carro. Eu tinha vontade de mandá-los vocês sabem muito bem para onde, vá trabalhar vagabundo, a construção civil sempre precisa de braços. Mas quem disse que os caras querem saber de trabalho, querem mais é te extorquir. Quase cheguei a chamar a Polícia Militar uma vez para patrulhar a área do bar a que mais ia (para quem conhece BH na época de ouro, o Drosophila), mas era complicadíssimo o processo. Desisti, claro.

Mas ainda me orgulho do fato de nunca ter dado um tostão furado para ninguém. Eu dizia que dava depois e quando voltava da festa arrancava com o carro em alta velocidade igual fugitiva. É... Eu pagando impostos e tendo de fugir de vagabundo que se acha o dono da rua. É o fim.

Um comentário:

João Batista disse...

Aqui em SP begging dá dinheiro pra caramba. Daí que haja ‘tantos’ beggars. Na verdade, a maioria são vendedores: de balinha, de malabarismos, de chocolate, de bugigangas. Alguns até têm folhetos impressos em gráfica...

Assim, os coitados dos ‘beggars’ legítimos, o bêbado, o cara que enlouqueceu e perdeu tudo, sem família, vai-saber, disputa espaço com os falsos pedintes, e sai perdendo porque não faz malabarismo nem comércio e não limpa vidro com água da sarjeta e sabão reciclado de cachorro do centro de zoonoses.

Parece que em Veneza a moleza é ainda maior, não é preciso fazer nada mesmo. Ao invés de “guardador de carro”, são “guardadores de ponto turístico”, uma espécie de pedágio. Aí é pura imoralidade: o cara simplesmente não quer saber de fazer nada, é um doente. A sorte de Veneza é que não há Pedófilo Lancelotti lá para defender o direito dos vagabundos de vagabundear, para encorajar os caras a não trabalhar mesmo, transformando-se em útil instrumento propagandístico nas épocas de eleição (ele cria o problema para depois acusá-lo no colo do prefeito não-Petista e silenciar durante o reino do PT), contando com o apoio de toda a mídia, que se divide entre a parte comunista e a parte burra iludida pelos comunistas ou sob seu controle via chantagem/BNDES.