Idéia de Jerico
McCain também fala bobagem, venhamos e convenhamos. Tribunal de Nuremberg para o bin-bin? Idéia meio ridícula, ainda mais porque:
1) Saddam Hussein não teve a chance de ter Nuremberg
2) Guantânamo pesa nas costas dos Republicanos.
De qualquer forma sabemos que isso é só retórica, ninguém seria maluco de se expor a essa pantomina. Nuremberg foi um tribunal de guerra, e por mais que Bush queira, terrorismo não é guerra. O cara tem que ser morto e mostrado como cadáver ao mundo, basta isso.
3 comentários:
«terrorismo não é guerra»
Concordo com quase tudo o que diz, excepto com essa frase acima.
Terrorismo é guerra, sim. Os terroristas tem exacatamente o mesmo tipo de objectivos que os soldados numa guerra convencional: desmoralizar, destruir e aniquilar um inimigo.
O terrorismo é o tipo de guerra usado por quem não dispõe dos meios militares convencionais detidos pelo inimigo e que lhe derrotá-lo com esses meios.
É por isso que eu não condeno nunca o terrorismo, mais do que em abstracto condeno a guerra. Não era de esperar que Bin-Laden (que obviamente tem o ocidente como inimigo) invadisse os Estados Unidos ou a Europa. Ela usa para esse fim os meios de que dispõe: acções terroristas que nos desmoralizem. É a guerra.
A inacreditável estupidez de Bush foi responder a este tipo de guerra com uma invasão convencional do Afeganistão e do Iraque. É preciso ser absolutamente estúpido para o fazer.
Uma guerra convencional pressupõe a identificação de um inimigo, não a identificação dos maus, com a sua distinção dos bons.
Certamente na II Guerra Mundial morreram muitos alemães que não era nazis e eram bons. Simplesmente, nessa época, a Alemanha era o inimigo. Não eram os nazis maus.
Ora, Bush podia ter entrado numa guerra destas, de facto. Mas, para isso tinha que ter definido o mundo árabe como inimigo e arrasado logo no primeiro dia Meca e Medina.
Não o podia fazer?
Então não se metia a fazer uma guerra convencional!
Fazia o que qualquer dirigente com um q.i. superior a 3 faz: combatia a guerra de guerrilha e acções terroristas de Bin-Laden com acções de contra-guerrilha, preparadas pelos serviços secretos, discretas e eficazes.
Em vez de ir para Cabul e para Bagdad dar um espalhafatoso festival de impotência com muito aparato de fogo, mas que serviu apenas para mostrar ao Irão, À Coreia do Norte, à Venezuela e a todo o mundo que estavam à vontade para fazer o que quisessem, porque os USA eram uma potência com pés de barro, tinha encaixado calado o atauqe às Torres, tinha posto a CIA a trabalhar com a Mossad e com o MI5. Apanhava e liquidava Bin-Laden e os seus companheiros, dava-lhes uma lição de contra-terror e mantinha em respeito e à defesa quem sonhasse suceder-lhes. Uma ocasional derrota numa batalha desta guerra secreta nunca seria pública.
Agora, evidentemente, é tarde. O mal está feito e tudo o que McCain possa dizer sobre o tema servirá apenas para divertir Bin-Laden e os seus amigos.
Eles já ganharam a guerra. Instalaram o medo na América e o medo é sempre o princípio do fim da liberdade. Da liberdade que fez a América.
Afinal, a própria história da Patrícia é a prova da vitória da Al-Qaeda. Se não fosse o medo que se instalou na sociedade americana, a Patrícia trabalhava a agora numa instituição qualquer de Wall Street.
Funes, uma boa e estruturada resposta a um post curto. Eu ainda penso em guerra em termos tradicionais, uma guerra entre paises, exercitos de um lado e de outro, etc. Mas nao sou ingenua, como voce bem disse morreram muitos alemaes bons na Segunda Guerra. Da mesma forma que a Luftwaffe bombardeou civis em Londres, a RAF nao deixou pedra sobre pedra em Berlin. E vamos com o velho bordao, guerra é guerra e na guerra vale tudo.
Por isso deveria concordar com voce que terrorismo é sim um tipo de guerra. Mas nao sei porque a idéia ainda nao me entra na cabeca. Nao tenho argumentos.
Acho que a invasao do Afeganistao foi uma boa ideia, mas a do Iraque foi pessima. Nao houve justificativa valida, nunca houve armas de destruicao em massa (se assim fosse, porque os yankees nao estao com a faca na garganta dos iranianos).
E a conclusao é a mais pura verdade, nao fosse a xenofobia estaria eu em Wall Street, agora estou na City.
McCain não quer vencer as eleições.
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