sábado, 26 de agosto de 2006

Depois do Cinema

Num belo sabado a tarde, quando ainda morava em Sao Paulo e o X ja estava no Texas, resolvi como de costume ir ao cinema. No Top Center na Paulista ha 2 salas de cinema, antigas, e que geralmente passam uns filmes antigos tambem, tudo muito do meu gosto. De vez em quando eles ate faziam uns festivais, tipo Festival Bergman, e ai passavam os melhores filmes do Bergman por um determinado tempo.

Bom, sei que o filme terminou umas 9 da noite. Ja estava escuro, mas para voltar para casa eu tinha que andar apenas 2 quadras na Paulista, e mais 1 quadra na Pamplona, e pronto, estaria em casa sa e salva. Logicamente, antes de sair me vesti a carater, ou seja, calcado que permite fuga rapida, roupa comum nao muito vistosa, e bolsa somente com o essencial. Alias, essa foi a mancada, quando saia assim a pe em Sao Paulo, geralmente carregava o dinheiro no bolso, mais a carteirinha de estudante. Nunca chamava a atencao. Dessa vez nao sei porque estava com a bolsa a tiracolo.

Nao eh que estava andando no passeio em frente ao estacionamento no terreno em que ficava a mansao dos Matarazzo, que alias eh meio escuro (outra mancada minha), e minha visao periferica me alerta: ha um bando de pivetes (criancas?) se aproximando, IOH IOH IOH (som de alerta maximo na minha cabeca), CUIDADO, aqui nao tem mais ninguem e podem te encostar no muro. Aha, apertei a bolsa contra o corpo, a adrenalina correu solta, preparei a largada, e PUMMMM, corri os 100 metros rasos que me separavam do sinal da rua Pamplona, sem nem olhar para tras, mas ouvi um "ah tia, eu so ia pedir 50 centavos".

E eu ia pagar pra ver, eu heim, acham que sou maluca? Todo mundo eh suspeito ate que prove o contrario.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não é o escavismo nem a luta de classes declarada, mas a manutenção ideológica deles ;) Gostei do comentário lá. vou ler o seu texto agora.

Anônimo disse...

Parece que os 100 metrso rasos tem nova recordista!! Boa dica de leitura, sempre vejo esse romance nos sebos! agora terei o meu, se é que não tem aqui perdido pela casa! Beijos PAtrícia!