Despedida de Solteira - I
Oito anos e meio... Nem parece que faz tempo assim, ainda me lembro de quando o vi pela primeira vez no banco, achei-o com a cara tão de sério, poxa esse garoto não ri nunca, parece 10 anos mais velho do que a gente.
E parecia mesmo, pois já era careca àquela idade. Mas era um pouco mais novo do que eu. Normal, nunca namorei ninguém mais velho, no máximo da mesma idade e olhe lá.
E com que seriedade levava todo o programa do banco para recém-graduados, sempre respondendo corretamente, as palavras bem pronunciadas, o discurso afinado. Eu já era o contrário, sempre tentando causar impacto, opiniões bombásticas, riso escancarado na cara, uma palhaça.
Calhou de fazermos uma das rotações na mesma área. Sentávamos um de frente para o outro. Morava sozinha em São Paulo e não tinha amigos. Os finais de semana eram uma tristeza: ou voltava para Belo Horizonte, para a casa da família, ou me mandava para Curitiba, onde uma amiga minha morava (Leila, onde anda você?). Uma sexta-feira a tarde não me aguentei, ao ouvi-lo combinar uma saída com os amigos para mais à noitinha, e mandei de supetão:
- Ei, posso ir com vocês? Não tenho amigos aqui em São Paulo, desde que vim para cá ainda não saí...
Olhou-me um pouco surpreso, é claro, mas rapidamente disse que sim, que passava lá em casa às 8 da noite para sairmos com a turma.
3 comentários:
Patrícia, você parece apaixonada! Que bom! É difícil hoje em dia que namoros longos acabem dando certo.
Além do que você claramente está feliz.
Tudo de bom!
abs
frodo
uma palhaça muito romântica não?
Felicidades.
Já que estás naquela fase de fazer "balanço". Isso vai ser bom de ler. hehehe!
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