30 Minutos
Um casal leva 30 minutos para conseguir uma licenca de casamento em NYC, e pode se casar exatamente 24 horas depois de consegui-la. Nao eh incrivel?
No Brasil, creio que sao necessarios 30 dias de "proclamas" para que um casal possa se casar. Nao eh um absurdo?
Aqui, nao eh preciso levar testemunha para se conseguir a licenca. No Brasil, ha a necessidade de testemunha. Aqui, pagam-se 35 dolares por uma licenca. Da ultima vez que chequei no Brasil, o preco era superior a 100 dolares (isso se usarmos BRL 2 = USD 1).
Aqui, o casal precisa levar apenas um documento de identidade, e assina na licenca que se encontra livre e desimpedido para casar. As autoridades acreditam que o casal esta dizendo a verdade. As pessoas todas acreditam umas nas outras. A confianca mutua eh a base da sociedade americana (e inglesa, e anglo-saxonica em geral, e europeia nao-latina mais genericamente ainda).
No Brasil... Bem, deixa para la.
4 comentários:
Congratulations!!! Should we call you by Mrs. "Barba" now?
Calma, Vini, nao passe o carro na frente dos bois. Ontem tiramos a licenca de casamento. O evento mesmo sera na sexta-feira, dia 27.
Please, eu sou um individuo a parte, com nome proprio e personalidade distinta. Hehehehe. Pode me chamar de Patricia mesmo.
BTW, nem estou trocando o sobrenome. Nasci com esse nome, morro com esse nome.
Bem, antes de mais: PARABÉNS!
Em segundo lugar, tem que perceber que o americano, anglo-saxão protestante, acredita nas pessoas. Se lhe aparecem duas pessoas a dizer que querem casar, ele presume que elas se querem casar.
Ao contrário, no Brasil católico, o funcionário não acredita mas pessoas e faz bem, porque as pessoas podem usar o casamento para as mais diversas tropelias, para adquirir a nacionalidade, para enganar uma mocinha, quando ele já é casado, para fugir com os bens que os credores ameaçam executar, etc., etc., etc.
Para tudo, menos para casar.
O Estado braisleiro faz bem sem ser exigente. Tal como o estado americano faz bem em o não o ser (pelo menos nos Estados WASP).
A confiança é mesmo surpreendente. Fui visitar um estande de tiro. O atendente pediu minha driver’s licence, recebeu um passaporte brasileiro (argh!), fosse eu, passaporte brasileiro estaria fora, não se deve confiar. Mas confiou. Perguntou qual arma queria alugar, me fez assinar (com endereço e telefone) não um termo de responsabilidade, mas que eu atestava ter lido as regras do estande. E pronto, ‘have fun’. Meu colega, neófito, perguntou se não poderia receber algumas instruções. Um dos instrutores nos deu um curso básico relâmpago de três minutos, ao final pedi para que me mostrasse como recarregar o pente de uma pistola (só sabia atirar com revólveres), ou seja, nossa inexperiência era patente, e os sujeitos confiaram em nós.
Definitivamente sou brasileiro. Ainda que tivesse um estande de tiro nos EUA, com clientes Americanos, não conseguiria confiar tão cegamente em meus clientes. A sociedade da confiança o força a assumir responsabilidade total. Seus pés fincam no chão como se deles saíssem raízes; reconhecer (e portanto respeitar) o outro como também agente responsável é inescapável. A sociedade da desconfiança brasileira lhe convida ao comportamento irresponsável, porque é sabido que agindo assim você não está destoando da norma, são todos uns irresponsáveis mesmo, uns espertinhos.
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