quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Street Market

Do guia Time Out - London for Londoners:

"Islington - Over the past 30 years, Islington has come to symbolize upwardly mobile London, as evidenced by its wealth of modish shops and bars, and its renovated Georgian and Victorian property. Yet the area also holds spirited reminders of its working class roots, including a top Premiership football team and a corking street market."

Estive em Islington toda a semana passada, onde se realizaram as apresentações dos senior managers para os associates. Mais precisamente, estava bem perto da estação de metrô chamada Angel. Perto de onde fica o tal street market. Street market nada mais é do que o nome charmoso em inglês para a nossa feira de rua. Só que em Islington não é bem uma feira de rua: é camelódromo mesmo. Vendem todos os tipos de bugingangas chinesas e provavelmente algum contrabando.

Não havia reparado na feira de início, porque fica meio escondida em umas ruas laterais - talvez para não mostrar a feiúra do lugar? Descobri quando fui ativar meu celular. Passei na maior cadeia de celulares aqui de Londres, a Carphone Warehouse. Eles representam todas as operadoras de celular daqui, então fica mais fácil passar em uma loja deles do que ir a cada loja separadamente.

O gerente da loja era indiano, muito simpático. Perguntei se podia aproveitar meu celular dos Estados Unidos, um motorola quadriband. Disse ainda que não havia tido tempo de desbloquear completamente o celular via operadora (T-Mobile) nos EUA. Testamos os SIM cards de todas as operadoras, e funcionou com o da T-Mobile daqui e com o da Virgin. Eu só precisaria comprar o cartão SIM pré-pago, que era o que me interessava. Então ele chega perto e diz baixinho: "não compra aqui não, o preço é muito caro (20 libras). Vai ao Street Market, primeira banca a direita e compra lá". E me indicou como achar o Street Market.

Fui ao Street Market e comprei o SIM card da T-Mobile por apenas 3 libras, em uma banquinha de camelô. País desenvolvido? Sei não... Pode vir a ser mais uma das minhas hipóteses para verificar o desenvolvimento urbano. Saí no lucro, entretanto.

6 comentários:

Fábio Mayer disse...

A diferença primordial entre o Brasil e a Inglaterra pode ser vista nessas situações.

Aí, se pegarem alguém vendendo muamba em feira livre, dá cana! Aqui, se pegarem alguém vendendo muamba, vão dizer que é um pobre coitado que não tem outra oportunidade de vida e coisa e tal, vão aliviar a barra dele e nem vão pensar em investigar quem lhe forneceu a muamba...

A Lei no Brasil é relativa, nossos políticos que o digam...

Blogildo disse...

Parece até o Saara (rua da Alfândega) do Rio de Janeiro. Sinistro. Economizar 17 libras é uma boa. Ainda assim, melhor tomar cuidado com o Apu.

António Conceição disse...

Odeio feiras de rua.
Prefiro pagar cem vezes mais caro do que ir à feira.
Nisto, julgo que somos diferentes.

PS- Cliquei em cima do seu pinguim adoptado até ele cair à água. Sou mau!

Suzy disse...

È isso Patrícia, você descobre os "segredos" de Londres e nos passa a "dica". Acho que não tardaremos em precisar utilizá-las.

Beijos

patricia m. disse...

Funes, o Pablo gosta de se refrescar um pouco, hehe.

Velho, 17 libras de diferenca eh muita coisa. Sao 34 dolares, ou seja, pelo menos 6 cervejas que voce pode tomar. E veja, nao estava infringindo regra nenhuma, pois nao creio que o SIM card da T-Mobile tenha sido contrabandeado pelo vendedor de rua. Talvez ele nao esteja pagando impostos, mas ai ja sao outros 500. Melhor a prefeitura dar de cima dele entao.

António Conceição disse...

Deus me livre ter insinuado que a Patrícia estava a infringir qualquer lei.
Eu sou português, não sou anglo-saxão. Quem rouba o Estado empresta a Deus.
Não, eu não gosto é do povão das feiras.
Lá onde os mercadores de feira arranjam os bens para vender, e como os arranjam, não me interessa nada.